Uma jovem conseguiu gravar o momento em que é agredida pelo ex-companheiro no Rio. Ela levou um soco no rosto no meio de uma festa no dia 2 de outubro e conta que essa não foi a única vez que foi vítima de violência. O agressor, segundo ela, é Pablo Nogueira de Oliveira Ferreira.
“Tinha muita gente lá e eu pensei que alguém fosse fazer alguma coisa, tirar ele dali”, conta a vítima.
A mulher, que prefere não se identificar, afirma que ninguém no local ofereceu ajuda diante das agressões, mesmo depois que ela começou a sangrar.
“Eu não tive nenhum tipo de ajuda. Ninguém fez nada. A minha reação foi só pegar meu telefone e começar a gravar pra eu poder ter uma prova disso.”
Depois de estancar o sangue, ela volta a filmar e Pablo ainda debocha.
De acordo com a vítima, ela já tinha sido agredida cerca de trinta vezes durante o relacionamento de quatro anos que teve com Pablo. Ela conta que no primeiro ano ele não demonstrou ser agressivo. Eles chegaram a morar juntos.
“No segundo ano de relacionamento ele começou a ser agressivo. Ele tinha ciúme. Ele falava que eu estressava ele e que a culpa era minha disso acontecer. Porque se eu fizesse por menos, nada disso teria acontecido e nada disso estaria acontecendo.”
Depois das agressões na festa, o agressor tentou se desculpar por mensagens dizendo que a ama e que estava triste com a situação. O casal tentou reatar mas, nessa semana, ele voltou a agredir a vítima.
“Ele tacou minhas roupas pra fora de casa, tacou e deixou lá. Depois, ele me trancou, fechou as janelas todas e eu comecei a gritar ‘socorro’ , tentar bater na janela. Só que toda vez que eu tentava ir pra janela ou ir pra porta, ele me segurava”, relembra a jovem.
Com a ajuda da família, a vítima registrou ocorrência na Delegacia da Mulher, onde uma medida protetiva foi expedida. Pablo precisa manter 300 metros de distância da ex-namorada, além de amigos e parentes dela.
“A gente só sabe quando acontece com você e eu nunca pensei que fosse acontecer comigo”, afirma a vítima.
Pablo apagou todas as publicações das redes sociais depois de ser denunciado.
O caso é investigado pela Delegacia de Atendimento à Mulher de Jacarepaguá e, de acordo com a polícia, testemunhas serão ouvidas e diligências estão em andamento para concluir as investigações.
A equipe de reportagem conseguiu contato com a defesa de Pablo, que disse que não conseguiu contato com ele.
