Uma mulher de 22 anos, que está grávida de nove meses e afirma ter sido estuprada e agredida pelo ex-namorado em Praia Grande, no litoral de SP, informou ao g1 que o homem tentou invadir a casa dela pela quarta vez neste domingo (13). A Polícia Civil já pediu a prisão preventiva dele, após o descumprimento uma medida protetiva contra a vítima, mas ele segue em liberdade.
Nas imagens obtidas pelo g1 é possível ver o homem quebrando o portão da casa da ex-namorada ao dar dar marcha à ré com o veículo contra a estrutura de metal. Em seguida, ele foge com o para-choque traseiro pendurado. O ataque aconteceu por volta das 13h25 e foi registrado por câmeras de monitoramento.
À reportagem, a vítima disse estar assustada e com medo, pois, apesar da Polícia Civil ter pedido a prisão preventiva do ex-namorado, ele segue em liberdade.
O g1 tentou contato com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. A SSP informou que, devido ao feriado da Proclamação da República, celebrado na terça-feira (15), a reportagem deve entrar em contato com o órgão a partir de quarta (16) para mais detalhes sobre o caso.
Ao longo deste ano, a grávida fez três boletins de ocorrência contra o homem, de 31 anos, por estupro, agressões e ameaças. Na sexta-feira (11), o ex-namorado já havia tentado invadir a casa da mesma forma: dando marcha à ré no portão com um carro.
No último dia 2, a mulher disse que o agressor conseguiu entrar na casa, a a bateu no rosto, além de ter levado embora celular dela. Dias depois, reapareceu dizendo que devolveria o aparelho, mas, assim que ela abriu a porta, ele a agrediu novamente. Os casos foram levados à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Praia Grande.
Relacionamento e estupro
Segundo a vítima, eles se conheceram em 2020 e moraram juntos por três meses. Após a primeira agressão, em janeiro de 2021, ela afirmou ter saído de casa e terminado o relacionamento.
Ainda em outubro do ano passado, mesmo com um inquérito policial em andamento, bem como uma medida protetiva vigente, o homem a ameaçou e a estuprou. O caso também foi registrado na DDM de Praia Grande em maio deste ano.
Em setembro de 2022, a vítima entrou com um novo pedido de medida protetiva contra o agressor. O juiz decidiu que a situação exigia caráter de urgência. Ainda assim, as agressões continuam. A Polícia Civil esclarece que um inquérito policial para apuração dos fatos está em andamento.