IML diz que corpo carbonizado encontrado no interior de Sergipe é de alagoano

Cadáver passou por exames de papiloscopista após ser recolhido em Nossa Senhora do Socorro, no último dia 12 de novembro

O Instituto Médico Legal (IML) de Sergipe identificou como sendo do alagoano Afrânio Alves de Gois, 35, natural da cidade de Coruripe, o corpo carbonizado encontrado no último sábado (12) no município de Nossa Senhora do Socorro, interior daquele estado. A informação foi divulgada nessa segunda-feira (14) pela Secretaria de Segurança Pública (SPP/SE).

Reprodução

IML de Sergipe

De acordo com o papiloscopista Jefferson Santos, responsável pelos procedimentos iniciais que foram realizados no dia 12, identificação só foi possível após a incisão dos dedos polegar direito e médio direito.

“Então foi realizado o trabalho em laboratório, utilizando técnicas de hidratação para reavivar impressões digitais deterioradas devido à alta temperatura em que foram submetidas”, detalhou.

Posteriormente, no dia 13, conforme o papiloscopista Eziel de Oliveira, foi realizada a técnica de preenchimento, das papilas dérmicas. “Somente assim foi possível realizar a coleta e a identificação oficial, sendo então expedida a Informação Técnica”, explicou.

Já segundo a perita médica legal Mônica Figueirôa, durante o exame necroscópico, inicialmente, foi constatada uma lesão extensa, provocada por um instrumento cortante, mediante ação corto contusa na região da nuca.

“Apesar de o corpo estar parcialmente carbonizado e tendo sido vítima de ação post mortem de aves de rapinas e mamíferos carnívoros, chegamos à conclusão, com o auxílio dos técnicos de necropsia, Adelmo e Roseana, de que a vítima teve como causa mortis Choque Hipovolêmico decorrente de Degola”, revelou a médica.

Ainda de acordo com a perita médica legal Mônica Figueirôa, a perícia também verificou que houve carbonização parcial após a morte. “Uma vez que não foi encontrado nenhum sinal de inalação de fumaça em vias aéreas superiores ou sinais de asfixia”, afirmou.

Por fim, o diretor do IML, Victor Barros, destacou que a carbonização parcial após a morte é uma contramedida forense comum utilizada pelos agressores, na tentativa de prejudicar ou retardar o trabalho pericial.

“No entanto, com a aplicação correta das técnicas de perícia, conseguimos elucidar o caso em questão. O corpo encontra-se liberado para sepultamento, aguardando o retorno dos familiares, e o respectivo laudo pericial será expedido no prazo previsto em lei”, finalizou Victor Barros.

A vítima foi encontrada por moradores da região, próximo ao Fórum Arthur Oscar Déda, mas ninguém soube o que poderia ter acontecido ou reconheceu o homem.

Policiais militares foram acionados via Ciosp, constataram o fato e mobilizaram os órgãos competentes para fazer a perícia e o recolhimento do corpo.

Informações relacionadas à autoria do crime podem ser repassadas através do Disque-Denúncia (181). Não é preciso se identificar.

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