O delegado Nivaldo Aleixo, titular do 22º DP, que ficará responsável pela investigação da explosão ocorrida na tarde desta segunda-feira, 21, no Hospital Geral do Estado (HGE), no bairro do Trapiche da Barra, informou que já há uma linha de investigação para esclarecer o que aconteceu.
Segundo a autoridade policial, a bomba caseira estava enterrada em um canteiro de plantas, na área externa do hospital. No momento em que um dos funcionários terceirizados, que fazem a limpeza da unidade, se abaixou para retirar material do local, encontrou o pacote plástico de formato arredondado.
Um colega dele, que estava capinando no mesmo local, suspeitou se tratar drogas, ao bater o material no chão para tentar identificar o que seria, houve a acionamento do explosivo, ferindo os dois homens e uma terceira pessoa, a supervisora que acompanhava o trabalho. Ele perdeu a mão direita, enquantos os dois colegas ficaram feridos com menor gravidade.
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Aleixo contou, em entrevista à TV Pajuçara, que foi informado por uma testemunha que aquela área não recebia limpeza há cerca de 15 dias, mesmo período em que ela teria visto um jovem ligado à uma torcida organizada, momentos antes de um jogo de futebol que aconteceria no estádio Rei Pelé, tentando se esconder ali para não ser abordado pela cavalaria da Polícia Militar. Segundo a mesma testemunha, o homem acabou detido ainda assim.
O delegado seguiu explicando que a testemunha foi ouvida informalmente já hoje e que o próximo passo será identificar o oficial que estava comandando a equipe policial naquele dia, para saber se de fato houve a dentenção do possível autor e assim tentar chegar à sua identificação. A pessoa responsável poderá responder pelo crime de tentativa de homicídio.
Outros artefatos
O delegado disse ainda que depois do episódio ocorrido no dia do jogo, militares do Bope realizaram uma varredura pela região quando conseguiram apreender três artefatos semelhantes ao que explodiu hoje. As apreensões foram registradas na Central de Flagrantes e o material encaminhado ao 22º DP, onde encontram-se armazenados.
Ainda segundo Aleixo, foi solicitado ao Instituto de Criminalística a análise do material, mas por motivo de “não competência”, os explosivos foram devolvidos sem serem analisados. Contudo, com os novos fatos, ele acredita que novas providências deverão ser tomadas.
Nota de Esclarecimento
Explosivo encontrado na área externa do HGE fere funcionários de empresa terceirizada
A Gerência do Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, esclarece que um explosivo deixado em um canteiro de plantas, localizado na área externa da unidade hospitalar, feriu, nesta segunda-feira (21), três funcionários da empresa terceirizada de Serviços Gerais.
Ressalta que, imediatamente, os servidores da maior unidade de urgência e emergência de Alagoas, referência em trauma, socorreram os colaboradores e, dos três feridos, dois tiveram apenas arranhões superficiais, enquanto um terceiro, lamentavelmente, teve a mão direita amputada.
Informa que, neste momento, o funcionário que perdeu a mão direita está sendo submetido a um procedimento cirúrgico e que, posteriormente, a equipe multidisciplinar irá assegurar toda a assistência necessária para a sua recuperação e reabilitação.
A Gerência do HGE destaca que, devido aos estilhaços do explosivo, um dos vidros da secretaria do hospital foi danificado, mas os servidores que atuavam no local não ficaram feridos.
Salienta, por fim, que um Boletim de Ocorrência está sendo registrado neste momento, junto à Polícia Civil de Alagoas (PC/AL), a quem caberá investigar o caso e identificar a autoria da ação delituosa, responsabilizando o(s) autor(es) judicialmente.