O sargento reformado da Polícia Militar, que estava foragido por suspeita de agredir, ameaçar e manter em cárcere privado a atual companheira, se apresentou, nesta quarta-feira (30), à Corregedoria da PM e já foi encaminhado à Central de Flagrantes para cumprimento do mandado de prisão. A informação foi confirmada ao Alagoas 24horas pelo delegado da Polícia Civil, Fábio Costa.
O delegado Fábio Costa foi quem trouxe o caso à tona após relatar a situação em suas redes sociais, na última segunda-feira (28). RELEMBRE AQUI.
Informações dão conta que, antes de se entregar, familiares do PM reformado teriam procurado a Corregedoria para garantir que a integridade física dele fosse garantida. Depois disso ele teria se apresentado e logo em seguida sido conduzido à delegacia plantonista, onde o mandado foi cumprido e ao Instituto Médico Legal para ser submetido a exame de corpo de delito.
Agora ele aguarda os próximos passos recluso no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da Polícia Militar (CEFAP), no bairro do Trapiche da Barra. Ficará a cargo da Justiça decidir se ele permanecerá lá ou se seguirá para o presídio militar, no Sistema Prisional do estado, na parte alta da Capital.
De acordo com as informações divulgadas, o caso chegou ao conhecimento da Polícia Civil no último dia 14 de novembro, depois de a vítima jogar um bilhete da janela de seu apartamento pedindo ajuda e contando o que acontecia no imóvel.
Uma pessoa encontrou o bilhete e acionou a Polícia Militar que foi ao local e atestou a veracidade do relato e prendeu o homem em flagrante. Contudo, naquele mesmo dia, durante a lavratura do auto de flagrante, o autor se aproveitou de uma falha das forças de segurança e fugiu da Central de flagrantes, no bairro do Farol, antes mesmo da conclusão do procedimento.
A mulher contou à Polícia que era proibida de sair de casa sem a companhia do marido e era proibida de manter contato com outras pessoas.
Histórico de violência – Ainda segundo o delegado Fábio Costa, o PM reformado já foi acusado dos mesmos crimes ao menos outras duas vezes. No ano de 2021, uma outra mulher que manteve um relacionamento de aproximadamente três anos com a agressor relatou que foi vítima de constantes agressões físicas e verbais, inclusive a golpes de facão, e que parte do tempo em que esteve com ele também foi mantida em cárcere.
Para fugir do algoz ela precisou contar com a ajuda de terceiros. Uma vizinha fez uma cópia da chave da casa onde eles moravam escondida e ela se aproveitou de um momento que ele havia saído para pedir ajuda policial.
Uma terceira vítima, que conviveu com o agressor entre 2018 e 2020, relatou situações parecidas. Ela contou que foi ameaçada, agredida no rosto, que ele puxou seu cabelo e tentou estrangulá-la diversas vezes.