A FPI do São Francisco reservou o início da manhã desta quinta-feira (1) para reintegrar à natureza 11 jabutis e 269 aves, de várias espécies, que foram flagrados em cativeiros irregulares nos últimos dois dias. A soltura ocorreu em um refúgio de vida silvestre localizado no município Água Branca, Sertão alagoano.
Desde o início desta 11° edição da FPI, já houve três solturas de animais de Caatinga e quatro de Mata Atlântica. Ao todo, mais de 700 animais puderam voltar a viver em seu habitat natural graças ao trabalho da Equipe Fauna.
Depois de serem resgatados, aves, répteis, quelônios e mamíferos são encaminhados à Base de Fauna da FPI em Água Branca, que é gerido pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA) e pelo Instituto SOS Caatinga.
No local, dois veterinários e quatro biólogos acompanham o estado de saúde de cada animal. Alguns chegam com sinais de maus-tratos e outros, por estarem vivendo há muito tempo em cativeiros, precisam passar por um processo de reeducação antes de serem introduzidos à natureza, pois, se isso não ocorrer, não saberão se alimentar sozinhos.
Dentre as espécies de aves soltas nesta quinta, havia corrupião, coleirinha, galo de campina, azulão, tuim-tuim, rolinha fogo-pagô, asa branca e sabiá – que é considerada a ave símbolo do país.
Os proprietários de cativeiros que não possuem licença para funcionamento são autuados. Eles também podem ser multados, dependendo da quantidade de animais que estão sendo mantido presos irregularmente e da espécies encontradas. Os valores das multas vão de R$ 500 a R$ 1.000.
Fazem parte da Equipe Fauna, Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público Estadual (MPE), IMA, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) e Instituto para Preservação da Mata Atlântica (IPMA).