Sucesso nas redes sociais, Vera Holtz dispensa faturar na web: “Não é o meu propósito”

Vera Holtz, de 69 anos, transformou seu perfil no Instagram em uma galeria online. A atriz expõe sua opinião sobre diversos temas atuais por meio de arte na rede social, com 1,2 milhão de seguidores. Muitos posts da artista chegam a viralizar na web, mas, em um bate-papo exclusivo com a Quem, ela garante nunca ter lucrado como influenciadora digital.

“Não monetizo nada disso. Não tenho interesse de monetizar tudo que faço. Não é o meu propósito. Não tenho nada contra quem faz. É uma escolha. Mas não é o meu caso. Não quero transformar as minhas redes sociais em um negócio”, justifica Vera, que estreou recentemente o curta Teatro de Máscaras, está em turnê com a peça Ficções, e lançará em 2023, o filme Tia Virgínia, de Fabio Meira, e um documentário chamado As Quatro Irmãs, de Evaldo Mocarzel.

Ao ser questionada se ela enxerga as redes sociais como uma expressão artística, a atriz diz: “Algumas coisas, sim. Outras nem tanto. Você pode usar as redes sociais como um suporte de criação para sua arte. Eu uso um lugar específico para fazer meus conteúdos e coloco algumas regras: é uma parede, uma mesa, o mesmo formato. Ele tem essa pegada”.

A artista teve um crescimento grande de engajamento na pandemia e garante que não planejou o hobby virtual. “Eu fui aprendendo a entender aquele universo das redes sociais. Foi um grande aprendizado para mim. Como eu falo para todo mundo, você tem que aprender a viver com esse novo suporte de comunicação e criação. Mas na maioria das vezes, nós não temos noção do poder de alcance. Mas, com o tempo, vamos reconhecendo o que agrada, pelo post que bomba mais que o outro”, explica.

Ao contrário da colega, Ary Fontoura vem trabalhando como influenciador digital também aos 89 anos. Com quatro milhões e quatrocentos mil seguidores, o veterano da televisão tem fechado contratos publicitários na rede social. Vera só tem elogios ao ator.

Reprodução/Instagram

“Hoje em dia, tem influenciadores de todas as idades. Muita gente mais madura produzindo conteúdo relevante também. Você sempre vai ter uma conexão com alguém. O Ary Fontoura, por exemplo, é um fenômeno. Eu adoro os posts do Ary. Ele sempre foi daquele jeito, uma pessoa alegre, comunicativa, criativa e sempre gostou de se expressar. Sou ‘fãzona’ dele. Achei o máximo quando ele começou a expandir esse lado dele. O Ary é aquela alegria toda mesmo”, enaltece.

Para 2023, Vera está esperançosa com a mudança de governo de Jair Bolsonaro (PL) para o de Lula (PT). “Lógico que esperamos momentos mais felizes. Você sente que está tendo uma organização melhor nesse sentido da cultura, até pelas pessoas envolvidas. Tem a vantagem também de ser um governo que já conhecemos e sabemos o olhar dele para nossa classe. Também temos consciência do que ele já fez e pode vir a fazer. Não é um território desconhecido. As pessoas que vivem de entretenimento estão cheias de esperança”, acredita.

A atriz afirma que a cultura viveu momentos difíceis nos últimos tempos. “Os projetos continuaram. Mesmo com todos os ataques, demos um jeito de continuar com o que foi possível, para manter os profissionais do entretenimento também com algum respaldo. Não são só os artistas que vivem da arte. Existe toda uma indústria. Nós tivemos muito teatro online durante a pandemia. Mas muita coisa não foi possível fazer por falta de verba para executar os projetos”, lamenta.

Ao prestigiar o Curta Cinema – Festival Internacional de Curtas-Metragens, no Rio de Janeiro, Vera celebrou o retorno do evento. “Os festivais são muito importantes porque você dá ainda mais visibilidade para um trabalho. Você troca ideias e experiências, com pessoas do meio. Acho que é muito favorável um festival. Sempre que as pessoas vão a esses eventos acabam conhecendo novos diretores, novos artistas, novas formas de arte. É muito boa essa conexão cultural”, conclui.

Fonte: Quem

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