Caso Rhaniel: mãe, padastro e irmão têm penas somadas de mais de 130 anos de prisão

Foi encerrado no final da noite desta segunda (12) o julgamento da mãe, Ana Patrícia da Silva Laurentino Lourenço, do padrasto, Vitor Serafim de Oliveira, e do seu irmão, Wagner de Oliveira Serafim, do menino Rhaniel Pedro, morto de forma brutal aos 10 anos, no bairro do Clima Bom, em Maceió. Somadas as penas, o trio deverá cumprir mais de 130 anos de prisão. RELEMBRE O JULGAMENTO.

Vitor, padastro da criança, foi sentenciado com 49 anos e 10 meses de prisão, enquanto seu irmão Wagner com 41 anos e 5 meses. A mãe da vítima, Ana Patrícia da Silva Laurentino Lourenço, também teve pena de 41 anos e 5 meses.

Os acusados foram condenados por homicídio triplamente qualificado, estupro de vulnerável e ocultação de cadáver. Embora a defesa, com três advogados constituídos, tentasse desqualificar as circunstâncias qualificadoras do crime, o Ministério Público, por meio do seu representante, e também os assistentes de acusação apresentaram provas contundentes capazes de sensibilizar e convencer os jurados a decidir pela condenação dos três réus, em regime fechado.

No início do julgamento, a defesa tentou colocar sob suspeita o pai de Rhaniel Pedro, identificado como Othoniel, que mora em Pernambuco e prestou depoimento de forma virtual. Apesar de ele já ter registro de violência, inclusive deflagrando um tiro contra a ex-mulher e mãe do menino, a própria família de Ana Patrícia afirmou não haver a menor possibilidade de sua participação ressaltando que no dia do desaparecimento o mesmo se encontrava no Recife.

O crime

Lesões na região craniana, na face, hematomas na região do tórax e na boca, rompimento anal por violência sexual causada por objeto que não conseguiram identificar. O menino Rhaniel Pedro Laurentino, tinha apenas 10 anos quando desapareceu na manhã do dia 12 de maio de 2021, no bairro do Clima Bom, em Maceió. Ele teria saído para aula de reforço, mas foi encontrado morto na manhã do dia seguinte, coberto por um lençol, numa calçada que fica no mesmo bairro.

Apesar de jurarem inocência, a conclusão do inquérito foi de que na cueca do menino Rhaniel havia material genético do padrasto e do irmão dele. Também foi afirmado pela Polícia Científica que o crime teria ocorrido na madrugada do dia 12 (do desaparecimento). Ainda de acordo com a investigação, naquele momento estavam na residência os três acusados.

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