Após sentença condenatória no julgamento sobre a morte do menino Rhaniel Pedro, a defesa de Vítor de Oliveira Serafim e Wagner de Oliveira Serafim, condenados pelos crimes de homicídio, estupro de vulnerável e ocultação de cadáver informou que irá pedir a anulação do júri popular. O julgamento aconteceu nessa segunda-feira (12) e também condenou o mãe da criança, Ana Patrícia da Silva Laurentino Lourenço, a pena de 41 anos e 5 meses
O advogado de defesa dos irmãos, Raimundo Palmeira, disse em entrevista à TV Pajuçara que acredita que haja nulidade ou pelo menos adequação da pena aos limites legais. “Pena exacerbada, que passa, inclusive, do máximo legal. A decisão do júri foi contrária às provas dos autos em relação ao senhor Vítor e em relação a Wagner, em relação ao Wagner pior ainda. Num momento o laudo diz que na noite do suposto crime, o Wagner estava no Benedito Bentes e nas informações diz que ele estava na Cidade Universitária. Ocorre que isso prova que ele não participou do crime, que foi cometido no Clima Bom, e mesmo assim o Conselho de Sentença também condenou esse rapaz”, explicou o defensor.
O crime
Lesões na região craniana, na face, hematomas na região do tórax e na boca, rompimento anal por violência sexual causada por objeto que não conseguiram identificar. O menino Rhaniel Pedro Laurentino, tinha apenas 10 anos quando desapareceu na manhã do dia 12 de maio de 2021, no bairro do Clima Bom, em Maceió. Ele teria saído para aula de reforço, mas foi encontrado morto na manhã do dia seguinte, coberto por um lençol, numa calçada que fica no mesmo bairro.
Apesar de jurarem inocência, a conclusão do inquérito foi de que na cueca do menino Rhaniel havia material genético do padrasto e do irmão dele. Também foi afirmado pela Polícia Científica que o crime teria ocorrido na madrugada do dia 12 (do desaparecimento). Ainda de acordo com a investigação, naquele momento estavam na residência os três acusados.