Harry acusa assessores reais do Reino Unido de incentivar ataques da mídia contra ele e Meghan

O príncipe Harry e Meghan, duquesa de Sussex, deixam Westminster Hall, em Londres (Foto: Getty Images)

O príncipe Harry e sua esposa, a ex-atriz norte-americana Meghan Markle, fizeram novas críticas à família real britânica em novos episódios de sua série de documentários da Netflix lançados nesta quinta-feira (15).

Harry acusa seus assessores de fazer parte de ataques da mídia.

Nos três primeiros episódios da série, lançados na semana passada, Harry e Meghan lançaram ataques ferozes à mídia sobre o tratamento que receberam, alguns dos quais disseram ter sido racista. Neste primeiro momento, no entanto, a realeza em si saiu praticamente ilesa.

Já nos três episódios finais, disponíveis nesta quinta, houve mais críticas aos parentes de Harry e seus assessores, acusados não apenas de não evitar a cobertura negativa da imprensa, mas de incentivá-la ativamente.

“Já estava claro para a mídia que o palácio não iria proteger Meghan. Quando isso aconteceu, as porteiras se abriram”, disse Harry.

Uma das cenas dos novos capítulos mostra o casal também conversando sobre um ex-assessor sênior do príncipe William, herdeiro do trono e irmão mais velho de Harry. O funcionário forneceu evidências em uma ação legal que Meghan moveu contra o jornal Mail on Sunday, que publicou uma carta que ela escreveu seu pai.

“É seu irmão. Não vou dizer nada sobre seu irmão, mas é tão óbvio”, disse Meghan.

Em seu depoimento, o ex-assessor, Jason Knauf, sugeriu que Meghan sabia na época que a carta poderia vazar.

“É por isso que agora estou morando em um país diferente, porque todas as equipes de comunicação basicamente tentam superar umas às outras”, disse Harry. “Mas este é o contrato, a relação simbiótica entre as duas instituições trabalhando”.

A Netflix incluiu uma declaração de um representante de Knauf, que disse que as alegações eram “totalmente falsas”.

Harry diz que William gritou com ele durante reunião de crise em Sandringham

Em outro trecho, Harry fala sobre a reunião de Sandringham, em janeiro de 2020. Era uma reunião de cúpula de crise, com a rainha Elizabeth II presente, que definiria os planos do casal de renunciar aos deveres reais. Meghan não havia sido convidada.

Segundo Harry, ele tinha cinco opções, incluindo os extremos: continuar com os deveres ou sair em definitivo.

Harry diz que na reunião, tinha optado pela terceira via, a de que eles pudessem ter seus empregos, mas continuasse apoiando a rainha na Commonwealth, enquanto moravam no Canadá. “Mas ficou claro”, disse ele. “Essa opção não estava em debate.”

“Foi muito assustador ter meu irmão gritando e gritando comigo e meu pai dizendo coisas que eram simplesmente falsas, e minha avó sentada em silêncio e meio que absorvendo tudo.”

Depois da reunião, uma declaração conjunta foi emitida em contestação uma reportagem de primeira página sobre a relação entre os irmãos. O comunicado dizia que as informações eram falsas, ofensivas e potencialmente prejudiciais.

No documentário, Harry diz que a declaração foi feita, usando o nome dele, para intimidar o casal. “Eu não conseguia acreditar. Ninguém me perguntou sobre colocar meu nome na declaração. Liguei para Meghan e contei”, disse.

“Ela começou a chorar porque quatro horas antes eles estavam felizes em mentir e proteger meu irmão, e ainda por três anos eles nunca estiveram dispostos a dizer a verdade para nos proteger”, disse. “Não havia outra opção neste momento. Eu disse: ‘Precisamos sair daqui.'”

Os episódios foram lançados poucas horas antes de o rei Charles III e sua esposa, a rainha consorte Camilla, além de William e a esposa Kate comparecerem a uma cerimônia natalina na Abadia de Westminster, em Londres, para “reconhecer os esforços altruístas de indivíduos, famílias e comunidades em todo o Reino Unido”.

Fonte: g1

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