A morte de Erasmo Carlos completa um mês nesta quinta-feira (22). Fernanda Passos, viúva do artista, lamentou a data por meio de um post no Instagram. O Tremendão morreu por síndrome edemigênica, aos 81 anos.
“Vido, hoje tem 1 mês da sua morte. Tem 1 mês que eu voltei para casa sem você. Tem 1 mês que ainda nutro inconscientemente a impressão burra de que você ainda vai chegar. Ainda estou em queda livre, não atingi o fundo do poço até agora. Não parei de procurar por você, nem de te esperar, nem de me preocupar com você”, começou a pedagoga.
Fernanda também falou sobre a proximidade das festas de fim de ano e as próximas datas comemorativas, as primeiras sem o marido em 12 anos. “Vai chegar o Natal, e eu já prometi não odiar. Vai chegar o ano novo, nosso aniversário de casamento e o meu aniversário… não vou receber flores, não vou receber um cartão, um bilhete, um presente… mas não vou odiar as datas. Eu não vou te escrever, não vou comprar seu presente, ainda tem presente aqui que você não abriu, mas não vou odiar as datas”, continuou.
A viúva citou no texto suas cartas abertas diárias ao marido desde a morte dele. “Queria conversar mais com você, não só falar. Queria conversar sobre o que está acontecendo, ouvir a sua opinião, suas orientações. Tudo bem se não pudesse falar, você dizia muito com o olhar, queria só te ver. O toque é o último que morre. Primeiro vem o silêncio, não sentia mais seu cheiro, depois o susto, a possibilidade da morte, a dúvida, a expectativa. De repente, você não estava mais ali, mas eu podia te tocar. E eu vim para casa sem você, não podia te ouvir, você não respirava mais, não falava mais, mas eu ainda poderia te tocar. Pedi licença para que eu fosse a última a te tocar, e foi ali, mais de 24 horas após a sua morte, que o toque morreu. Parece que até morrer o toque eu tive esperança. Você estava ali, eu esperava um milagre”, complementou.
Por fim, Fernanda fez uma reflexão sobre o luto e se declarou a Erasmo. “A morte é sarcástica. Ela ri da gente. Ela ri antes, durante e depois. A vida nem sempre segue, mas a morte continua. Depois que assistimos Os Mortos não Morrem, eu fiquei viciada nessa música, meu amor. O filme nem era dos melhores, mas passei semanas ouvindo essa música repetidas vezes. Você se lembra? Eu vou te amar sempre! Não esquece”, concluiu.