O general Júlio Cesar de Arruda foi nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para assumir o comando do Exército de forma interina a partir de 30 de dezembro. O nome de Arruda foi indicado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo futuro ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, para comandar o setor das Forças Armadas no novo governo.
O decreto foi assinado na terça-feira (27) pelo presidente e publicado no Diário Oficial da União (DOU) nesta quarta-feira (28).
Múcio já havia dito, durante coletiva de imprensa nesta semana, que a posse de Arruda seria antecipada para sexta-feira (30) na tentativa de evitar um eventual “vazio de poder” nas primeiras horas do governo Lula, no dia 1º de janeiro. A equipe de transição de governo está preocupada com as condições de segurança para a posse.
O general Marco Antonio Freire Gomes, atual comandante do Exército, passará o comando para o general Júlio Cesar de Arruda nesta sexta-feira (30), às 10h30.
Múcio disse ainda que a troca na Marinha, que será assumida por Marcos Sampaio Olsen, deve ocorrer no dia 28 ou 29. Enquanto a mudança no comando da Aeronáutica para o tenente-brigadeiro do ar Marcelo Damasceno está prevista para 2 de janeiro.
O futuro ministro falou ao lado de Flávio Dino, indicado para assumir o Ministério da Justiça, e do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).
“Não haverá vazio de poder”, disse Dino, que afirmou que estará trabalhando com Múcio já nas primeiras horas do domingo e que todo o efetivo da polícia do DF estará em operação.
A equipe de transição também deve pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão do porte de armas no Distrito Federal entre esta quarta-feira (28) e os dias 2 ou 3 de janeiro. A data do fim da suspensão a ser pedida ainda será definida.