Os novos advogados do indígena bolsonarista José Acácio Serere Xavante divulgaram nesta quinta-feira (5) uma nota em que ele pede desculpas ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao “presidente irmão Lula”, ao “irmão Alexandre” e por ataques às urnas eletrônicas.
O indígena de 42 anos, foi preso em 12 de dezembro em Brasília pela prática de condutas ilícitas em atos antidemocráticos. Após a prisão de Serere, apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro praticaram atos de vandalismo na capital.
“Peço, humildemente, desculpas ao povo brasileiro por eventuais declarações exageradas que fiz, ao criticar o sistema eleitoral brasileiro. Da mesma forma, peço desculpas ao STF, ao TSE, ao presidente irmão Lula, ao irmão Alexandre”, diz trecho do documento.
Conforme o documento divulgado pela defesa, o indígena afirmou ter cometido um “equívoco” ao defender a tese de que haveria fraude ou risco de irregularidades no processo eleitoral.
Ele disse também que defendeu a tese de “suposta fraude” baseado em informações “erradas” fornecidas por outras pessoas.
“Olhando para trás, vejo que [as informações] estavam inteiramente desvinculadas da realidade”, diz trecho da nota.
Em outro momento, o indígena afirma não compactuar com atos que visam à ruptura democrática e que não acredita na utilização de métodos violentos como “método de ação política”.