O jovem de 19 anos, acusado de arrancar parte do rosto de uma mulher com uma mordida durante uma tentativa de assalto em Cruz das Almas, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva pela Justiça alagoana, nesta quarta-feira (25), após audiência de custódia.
A decisão ressalta que o jovem apresenta personalidade periculosa tendo em vista a gravidade da lesão cometida contra a vítima. “(…) decretação da prisão preventiva nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 04 (quatro) anos. Ademais, ressalta-se a gravidade da lesão cometida pelo custodiado, uma vez que a vítima precisou ser hospitalizada e recebeu 14 (quatorze) pontos em decorrência da lesão na face, o que demonstra a personalidade periculosa do autuado”, diz um trecho do documento.
“Dessa forma, a prisão preventiva pode ser decretada no presente caso sob o fundamento da garantia da ordem pública, conforme disposto do artigo 312 do CPP. Portanto, no caso em análise, revelam-se inadequadas as medidas cautelares diversas da prisão, razão pela qual, CONVERTO A PRISÃO EM FLAGRANTE EM PRISÃO PREVENTIVA do flagranteado, cuja medida é necessária para garantia da ordem pública, em face da gravidade do crime e para evitar a reiteração criminosa”, reforçaa de cisão.
O jovem deve ser encaminhado para o Sistema Prisional.
O caso – O crime ocorreu nessa terça-feira (24), na orla de Cruz das Almas, na parte baixa de Maceió. O jovem teria anunciado o assalto contra a vítima que, ao perceber que ele estava desarmado, reagiu à ação criminosa e acabou agredida por ele.
De acordo com informações do delegado responsável pelo caso, Vinicius Ferrari, diante da reação da vítima o suspeito avançou contra ela e arrancou parte do rosto da mulher com uma mordida. A mulher foi socorrida para a Unidade de Ponto Atendimento (UPA) e, em seguida, transferida para o Hospital Geral do Estado (HGE), para receber o atendimento médico necessário. Diante da gravidade da lesão, a mulher precisou levar 14 pontos.
Versão da Vítima – Nas redes sociais, a vítima, uma jovem paraguaia de 18 anos fez uma publicação para esclarecer que não reagiu à ação criminosa, como foi noticiado inicialmente. Ela ainda disse que esperava que a cidade tivesse mais policiamento e agradeceu a um jovem que a ajudou, a quem ela chamou de “anjo da guarda”.