A atriz Cássia Kis alegou estar desempregada e pediu para reduzir o valor da indenização em processo no qual responde na Justiça por falas homofóbicas. A global é alvo de ação após dizer, em live com a jornalista Leda Nagle, que “homem com homem não dá filho”, o que causaria a “destruição das famílias”.
A veterana está no ar com a novela Travessia, da TV Globo, e teve seu contrato renovado recentemente.
Na ação, protocolada pelo Grupo Arco Íris de Cidadania LGBT, os ativistas pedem uma indenização no valor de R$ 250 mil por danos morais coletivos. O advogado Carlos Nicodemos, que representa a entidade, defende que a declaração de Cássia Kis é discriminatória e contraria o entendimento de órgãos nacionais e internacionais sobre direitos da população LGBTQIA+.
A defesa da atriz contestou o pedido, alegando que a fala “não traz qualquer agressão, preconceito, incitação ao ódio, ou discriminação em relação às famílias homoafetivas”. Segundo o advogado da atriz, a declaração apenas reflete os ensinamentos e dogmas religiosos de Kis, que é católica.
“A ré não cometeu nenhum crime, não utilizou um discurso de ódio, discriminatório e ou preconceituoso. A ré é apenas uma cristã que acredita nos conceitos e dogmas da religião católica e quer viver sua vida segundo a doutrina cristã.”
O advogado pede que, caso a Justiça acate o pedido de indenização, que seja reduzido o valor sob o risco de levar a atriz à falência, “impossibilitando sua subsistência e o sustento da sua família”.
“Em caso de procedência do pedido elaborado na exordial, que o valor arbitrado com indenização por danos morais, seja substancialmente reduzido, pelo fato da ré ser uma pessoa física e por estar desempregada no momento.”
Recentemente, a intérprete de Cidália se envolveu em diversas polêmicas. Além das falas homofóbicas, ela participou de uma manifestação antidemocrática em um acampamento bolsonarista, no Rio de Janeiro.