Um grupo de indígenas Jeripanko, Wassu Cocal, Tingui-botó e Xucuru Kariri realizou, nesta segunda-feira, 06, um protesto em frente à sede da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), no Farol, para pedir a retomadas das aulas nas escolas indígenas após a demissão dos monitores no mês passado.
Durante a manifestação, eles alegaram que as escolas indígenas iniciaram o ano de 2023 sem merendeiras, professores contratados, vigias e serviços gerais. O ato contou ainda com a participação de professores indígenas e equipe de apoio das escolas.
O problema é reflexo da rescisão contratual dos professores temporários no mês passado. Na oportunidade, os professores temporários denunciaram que tiveram seus contratos rescindidos, mesmo aqueles ainda vigentes, para serem recontratados após um novo processo seletivo. Com isso, eles ficaram sem os salários de janeiro. Após terem seus contratos rescindidos, os monitores realizaram protestos pela cidade e ingressaram com uma ação judicial a fim de garantir o pagamento do salário do mês passado. A demissão dos temporários deixou as escolas sem profissionais suficientes para suprir a carência.
Após o protesto, os indígenas foram recebidos pelo secretário da Educação, Marcius Beltrão. Na ocasião, foram expostas todas as reivindicações dos indígenas no que diz respeito à Educação. “Os indígenas indagam o porquê de tanta retaliação com os professores e trabalhadores da educação escolar indígena no estado”, disse um representante dos Tingui-Botó.
Por meio de nota, a Seduc informou que está empenhada na busca de soluções para as situações geradas pelo inevitável encerramento dos contratos temporários de professore que, embora suprissem carência em diversas unidades educacionais, inclusive escolas indígenas, vinham funcionando de maneira irregular.
Confira nota na íntegra:
A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) informa que está empenhada na busca de soluções para as situações geradas pelo inevitável encerramento dos contratos temporários de professores que, embora suprissem carência em diversas unidades educacionais, inclusive escolas indígenas, vinham funcionando de maneira irregular.
No dia 27 de janeiro, uma equipe da Seduc se reuniu com o Sindicato dos Professores Contratados de Alagoas (Sinprocorpal) para esclarecer as circunstâncias que levaram ao encerramento dos contratos, ocorrida no dia 31 de dezembro de 2022.
Tanto nessa ocasião, quanto, posteriormente, em reunião com uma comissão representativa de comunidades indígenas, na sede da Seduc, a Secretaria deixou claro que os profissionais com contratos vencidos, que permaneceram em exercício de suas funções em 2023, em cumprimento da carga horária do ano letivo anterior, devem comparecer às Gerências Regionais para regularização e garantia do pagamento deste mês de janeiro.
Nas duas ocasiões, reafirmando o compromisso com o diálogo, a transparência e a busca de soluções, a Seduc também acenou com a possibilidade de tais profissionais serem readmitidos ao longo do ano letivo que se inicia, segundo a necessidade de cada unidade escolar.