O Real Madrid estreia no Mundial de Clubes nesta quarta-feira (8), às 16h (de Brasília), contra o Al Hilal. E o torneio pode ter um peso não só esportivo, mas também psicológico, para Vinicius Jr.
O atacante brasileiro tem sido alvo frequente na Espanha de uma perseguição dentro e fora dos gramados pelos rivais e torcedores. No Marrocos, o jogador de 22 anos pode, mesmo que de forma breve, fugir do cenário de ódio vivido na Península Ibérica.
Perseguição dentro e fora dos gramados
Dentro das quatro linhas, o último episódio foi na partida do último domingo (5), contra o Mallorca. O ex-Flamengo sofreu 10 faltas, o que representou o recorde em um jogo das cinco principais ligas da Europa.
E não é somente nas pancadas que o brasileiro sofre. No gramado, foi alvo de provocações de Maffeo, lateral-direito, e Raíllo, zagueiro do Mallorca.
Anteriormente, contra o Valencia, o atacante foi agredido pelo zagueiro brasileiro Gabriel Paulista e chamado de ‘provocador’ pelo lateral Foulquier.
Racismo, ambiente de ódio e estado crítico
Se não bastasse só a perseguição dentro dos gramados, fora dele, os episódios são ainda mais lamentáveis. Vinicius Jr. foi alvo de cânticos de conotação racista por parte das torcidas de Valladolid, Mallorca e Atlético de Madrid.
De acordo com fontes ouvidas pela ESPN, há relatos de que pelo menos dois jogadores do elenco enxergam o brasileiro bastante abalado pelas ofensas racistas nos estádios, o que tem o feito enxergar que a situação de ódio chegou a um estado crítico pela impunidade.
Mundial como ‘escape’ psicológico
Por conta de todo o cenário de ódio instaurado na Espanha, e que tem afetado psicologicamente o atacante, o Mundial de Clubes pode ter uma importância ainda maior para o brasileiro.
Líder do ataque merengue, já que Benzema segue em Madri tratando do problema muscular que pode tirá-lo até de uma eventual final, Vinicius Jr. pode ajudar o Real a conquistar o 8º título Mundial e, de quebra, desfocar de todos os problemas que têm sido posto como alvo na Espanha.