Vereador tem mandato cassado por usar dinheiro público para pagar cigarro, uísque e drinks em festa

Confraternização de funcionários da Câmara em restaurante custou R$ 5,6 mil. Na época da denúncia, político disse que não sabia dos itens consumidos.

Vereador Emanoel Alves Júnior teve o mandato cassado em São Francisco de Goiás — Foto: Reprodução/Whatsapp

O vereador Emanoel Alves Júnior (PSDB), de São Francisco de Goiás, região central do estado, teve o mandato cassado na sexta-feira (10) por usar dinheiro público para pagar uma confraternização com uísque, cigarro, chope e drinks. Na época, o político disse que foram consumidos itens não podiam ser pagos com dinheiro público.

A confraternização aconteceu no final de 2020. Cerca de 40 pessoas participaram do evento, que aconteceu em um restaurante em Nerópolis. O valor total da conta, pago com um cheque da Câmara Municipal e assinado pelo então presidente, Emanoel Alves Júnior, foi de R$ 5,6 mil.

O g1 tentou contato por telefone e mensagem às 14h50 com o vereador cassado, mas não teve retorno até a última atualização dessa reportagem.

Na sessão que cassou o mandato de Emanoel, os vereadores reconheceram que “o denunciado procedeu de modo incompatível com a dignidade da Câmara ou faltou com decoro em sua conduta pública”.

A advogada Anna Carolina Bastos, conselheira da Ordem dos Advogados do Brasil disse que esses itens não poderiam ter sido pagos com orçamento da Câmara. “Independente do motivo, os recursos não podem ser usados para o pagamento de bebidas, cigarro, drinks, o que for. Em questão de confraternização, caso queira consumir bebida alcoólica, cigarros, isso é uma despesa individual”, disse.

Na época da denúncia, em dezembro de 2022, o vereador disse que a confraternização é uma tradição de final de ano entre vereadores e funcionários, mas que nunca autorizou ninguém a fumar ou tomar bebidas alcoólicas por conta da Câmara Municipal.

Ele reforçou que todas as contas da gestão dele foram aprovadas e que a denúncia dois anos após a festa tratava-se de perseguição política.

Fonte: g1

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