As investigações sobre o sequestro do estudante de direito Sinezio Ferreira da Silva Júnior, de 33 anos, apontam que o jovem foi vítima do tribunal do crime de uma facção que atua na região.
De acordo com o delegado Sidney Tenório, da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), que assumiu o caso após a Polícia descobrir que o desaparecimento do estudante trata-se de um sequestro, afirmou que Sinesio foi sequestrado por estar incomodando o grupo criminoso.
Além disso, segundo o delegado, as evidências mostram que há ligação entre o caso Sinésio e de um outro jovem sequestrado em Ipioca, conhecido como Maruim, que também foi abordado por homens encapuzados e colocado dentro de um carro.
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“Há uma provável ligação entre os dois casos e a Polícia acredita que os dois tenham sido praticados pela mesma facção criminosa que atua naquela região. É um grupo bastante violento e envolvido com tráfico de drogas e homicídios. Sabemos que os dois foram mortos porque estavam incomodando, mas a motivação específica é que preferimos deixar em sigilo porque revelaria diretamente quem são as pessoas que estamos investigando”, disse o delegado em entrevista à TV Pajuçara.
O delegado disse ainda que as vítimas e os envolvidos se conheciam. “Com certeza se conheciam. São pessoas que residem na região entre Riacho Doce e Ipioca, principalmente na comunidade conhecida como Beira do Rio. O Sinezio, inclusive, era uma liderança comunitária, então conhecia muitas pessoas no local” explicou.
A Polícia Civil informou que os casos são tratados como prioridade pela Segurança Pública e que uma comissão de delegados deve ser formada para acelerar as investigações e desarticular a facção o mais rápido possível.
O caso – Sinésio Ferreira da Silva Júnior, de 33 anos, desapareceu na noite do dia 15 de fevereiro, quando foi encontrar um amigo no Parque Caetés, no Benedito Bentes, para fazer a troca de um chip. No dia 16, após inúmeras tentativas de contato com o jovem, a família levou o caso à Polícia e as investigações foram iniciadas.
No dia 17 de fevereiro, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros realizaram buscas em uma região de mata em Ipioca e, sem seguida, no Benedito Bentes, mas não encontraram pistas.
No domingo de carnaval (19 de feveriro), foram realizadas mais buscas com helicópteros da Segurança Pública e acompanhamento do secretário da pasta.
E no dia 23 de fevereiro, o delegado Robervaldo Davino informou que o caso estava sendo repassado para a a sessão de antissequestros da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic).