Professora denuncia ameaças de morte e estupro nas redes sociais

Professora Lola Aronovich denuncia ameaças de mortas — Foto: Arquivo pessoal

A professora da Universidade Federal do Ceará (UFC) Lola Aronovich denunciou, nesta quarta-feira (28), ter sofrido ameaças de morte e estupro recebidas nos últimos dias por e-mail. Segundo Lola Aronovich, as mensagens recebidas contêm seus dados pessoais como documentos e endereço.

O g1 questionou a Secretaria da Segurança Pública se há investigação sobre o caso, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

“Já tenho as suas informações, em breve vou viajar até a sua cidade, te estuprar e depois cortar a sua cabeça. Vou filmar isso tudo e jogar nas redes sociais. Será o ato mais belo desse ano de 2023. Pode acreditar que desse ano aqui você não passa. Vamos te matar”, diz um trecho da mensagem.

Nas redes sociais, a professora lamentou e afirmou que faz mais de dez anos que sofre com preconceito e agressões do tipo.

“As ameaças de morte contra mim (não por eu ser Lola, mas por ser mulher e feminista) já têm mais de 12 anos e nunca pararam. Aqui, uma enviada por e-mail segunda-feira passada (havia todos meus dados, como CPF e endereço residencial, que divulgam há anos). Esta foi deixada no meu blog hoje.”, relatou.

Requerimento na AL pede investigação

 

O deputado estadual Renato Roseno (Psol) apresentou nesta quarta-feira (1º) dois requerimentos na Assembleia Legislativa do Ceará após repercussão do caso. O primeiro pede que o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Samuel Elânio Oliveira, adote providências para apurar, identificar e responsabilizar os autores dos ataques e ameaça de morte sofridos pela professora.

Já o segundo, requer uma manifestação de solidariedade da Assembleia Legislativa do Ceará por meio de uma moção de solidariedade.

Lola Aronovich é escritora e militante dos direitos humanos, com atuação em pautas do movimento feminista. Lola Aronovich faz parte do grupo de trabalho criado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania para propor políticas de combate aos discursos de ódio e extremismos no país.

Fonte: G1

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