Campeão Sul-Americano Sub-20, Ramon Menezes terá a missão de comandar a seleção brasileira em seu primeiro compromisso após a eliminação nas quartas de final da Copa do Mundo do Qatar.
Enquanto busca um substituto para Tite, a CBF convidou o ex-meio-campista para o ser o técnico interino da equipe no amistoso contra o Marrocos no dia 25 de março, na cidade de Tanger, no norte do país africano.
Apesar da seleção não ter um interino há 15 anos, tal cargo não é novidade na Canarinho.
O último a acumular essa função foi Jorginho, em 2008. Na ocasião, ele era auxiliar-técnico e treinou a equipe em dois amistosos seguidos devido à suspensão de Dunga, treinador titular. Em seu currículo, Jorginho somou duas vitórias: 1 a 0 contra a Irlanda e o mesmo placar diante da Suécia.
Antes dele, Antônio Lopes não teve o mesmo sucesso quando foi interino em 2001. Na época, ele era coordenador-técnico da seleção e substituiu Luiz Felipe Scolari, que estava suspenso, na derrota por 1 a 0 para Honduras, que culminou na eliminação vexatória nas quartas de final da Copa América daquele ano.
Em 2000, quando Emerson Leão cumpria uma punição do Superior Tribunal de Justiça Desportiva por conta de uma confusão no jogo contra o Vitória na época em que treinava o Sport, Pedro Santilli comandou a seleção brasileira de forma interina na vitória por 1 a 0 contra a Colômbia, nas eliminatórias da Copa do Mundo de 2002.
É verdade que na prática, Santilli ficou no banco de reservas e recebia instruções de Leão, que acompanhava o jogo na tribuna de honra do Morumbi.
Assim como Jorginho, José Cândido Sotto Maior, mais conhecido como Candinho, também foi técnico interino da seleção em duas oportunidades. O primo do tricampeão mundial de Fórmula 1, Nelson Piquet, foi auxiliar-técnico de Vanderlei Luxemburgo. Em seu primeiro desafio na função, empatou sem gols com a Espanha, quando Luxa decidiu viajar com a equipe sub-23 para um amistoso contra a Austrália, em preparação para os Jogos Olímpicos de 2000.
Depois disso, Candinho comandou a seleção de forma interina logo após a demissão de Luxemburgo, na vitória arrasadora por 6 a 0 sobre a Venezuela, pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2002.
Em 1991, quando o até então treinador Paulo Roberto Falcão foi desligado do cargo, Ernesto Paulo foi convidado pela CBF para treinar interinamente a equipe na derrota por 1 a 0 para o País de Gales em um amistoso.
No geral, a seleção brasileira ainda teve muitos outros nomes que atuaram como interinos em circunstâncias diferentes ao longo da história. Só que dessa vez, Ramon Menezes terá o duro desafio de virar a página após mais uma tentativa frustrada do hexa.