O tumor de colo do útero é um dos mais frequentes entre as mulheres. Há quatro anos, a aposentada Maria de Lourdes Santos, de 62 anos, foi uma das muitas pacientes surpreendidas com o diagnóstico da doença após passar por exames de imagem.
Após o baque inicial, ela foi submetida a um procedimento cirúrgico e realizou diversos tratamentos oncológicos, mas o câncer evoluiu, chegando a fase terminal.
Hoje, Maria de Lourdes está acamada e precisa de cuidados especiais. No entanto, o valor que ela recebe de aposentadoria, não é suficiente para cobrir os gastos mensais. Por isto, a família precisa de ajuda para que consiga dar mais conforto a aposentada nesta fase.
“A aposentadoria dela não paga os custos. Ela toma um suplemento que custa em média R$130 e dura apenas 15 dias. Além disso, por conta da doença, ela não pode comer de tudo. Então, há uma dieta especial. Há um gasto muito grande. Tem também aluguel, medicamentos, fraldas e materiais para curativo, pois ela tem um ferimento na barriga por conta do câncer que precisa ser higienizado constantemente. Como ela não está andando, estamos precisando também de uma cadeira de rodas”, informou Edna Lúcia, vizinha responsável por cuidar da idosa.
Ao Alagoas24Horas, Maria de Lourdes contou que já trabalhou como doméstica, com fornecimento de quentinhas e vendas de tortas e bolos. Há alguns anos, ela precisou deixar de trabalhar após constatar um problema cardíaco, sendo necessária a implantação de marca-passo. Sendo assim, foi aposentada. Mas, o maior susto foi quando recebeu o diagnóstico de câncer de útero há quatro anos.
No primeiro momento, os médicos achavam que se tratava apenas de um mioma (nódulos uterinos benignos formados por tecidos musculares). No entanto, ao ser submetida a outros exames, ela descobriu que a situação era mais grave do que imaginava.
“Fui fazer um exame de ultrassom e o médico disse que estava inflamado por dentro. Ele passou antibióticos e depois fui submetida a cirurgia, que retirou o mioma e o útero por causa do câncer. Eu sentia muitas dores e tinha sangramento. Depois da cirurgia, fiz algumas sessões de radioterapia e quimioterapia, mas fiquei fraca e as sessões foram suspensas”, relatou Maria de Lourdes.
Com o passar do tempo, mesmo com o tratamento em um hospital de Maceió, a doença evoluiu e a aposentada ficou bastante debilitada. Ela acabou sofrendo três quedas. A última, ocorrida há aproximadamente um mês e meio, a deixou acamada com uma lesão em uma das pernas.
Hoje, Maria de Lourdes recebe os cuidados em casa, no bairro do Jacintinho, e sua vizinha, Edna Lúcia, é a responsável por deixar a vida da aposentada mais leve e feliz apesar das dificuldades. “Os filhos trabalham e eu resolvi cuidar dela. Cuido como se fosse minha filha. Costumo dizer que ela é meu bebê. Eu me sentia incomodada de vê-la doente, então resolvi me dedicar a ela. Dar um pouco de conforto neste momento delicado. Não é justo a pessoa está doente e não ter dignidade”, disse a vizinha e agora cuidadora.
A família relata ainda que Maria de Lourdes adquiriu um empréstimo bancário para pagar algumas contas relativas ao tratamento e o valor de R$850,00, que é o que sobra de sua aposentadoria, não é suficiente para pagar as despesas mensais, que são altas.
A família faz um apelo à população com o intuito de dar mais qualidade de vida a Maria de Lourdes. Estão sendo aceitas doações de alimentos, suplementos, materiais de higiene e para curativos. Valores em dinheiro podem ser feitos por meio de Pix. Mais informações podem ser obtidas diretamente com a família pelo telefone (82) 8844.0636 (Edna Lúcia).