Um homem de 31 anos, acusado de aplicar o golpe do falso advogado, foi preso pela terceira vez, nesta sexta-feira (24), após ter sido denunciado por uma vítima, que se sentiu lesada pela atuação do acusado. O suspeito foi preso em flagrante e foi encaminhado para a Central de Flagrantes para uma audiência de custódia, onde teve a prisão convertida em preventiva.
Ele é a mesma pessoa que havia sido detida, em outubro do ano passado, quando também se passou por advogado no Fórum da Justiça Estadual localizada dentro da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e em julho de 2021, em Marechal Deodoro, na região metropolitana.
Relembre aqui:
Falso advogado já havia sido preso por aplicar o mesmo golpe em Marechal Deodoro
A Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL) foi acionada para acompanhar os procedimentos. “O nosso primeiro contato com esse suspeito aconteceu em outubro do ano passado, quando ele foi detido dentro do da sala destinada a advogados localizada no Fórum da Justiça Estadual na Ufal. À época, um servidor achou a movimentação no local estranha e acionou a polícia. O suspeito foi detido, mas, como não houve formalização por parte das vítimas, ele acabou sendo solto”, explica Júlio Sampaio, vice-presidente da Comissão de Fiscalização e Combate a Práticas Irregulares na Advocacia.
De acordo com Sampaio, esta não foi a primeira vez que o acusado foi detido. “Nós descobrimos que, além dessa passagem pelo episódio na Ufal, houve uma prisão na cidade de Marechal Deodoro. Lá, ele também atuava como advogado, sem ter nenhum tipo de vinculação com a Ordem, e acabou sendo detido pela primeira vez. Depois, acabou reincidindo na mesma prática”, complementa.
O integrante da OAB lembra que é importante que as pessoas que necessitem de um advogado exijam comprovação de vinculação com a Ordem. “Caso o suposto advogado não apresente, recomendo que se afaste dessa pessoa e que procure o auxílio de algum outro profissional. Caso já tenha repassado valores, busque a polícia ou a própria OAB”, ressalta Júlio Sampaio.
Práticas irregulares dentro da advocacia podem ser denunciadas não só à polícia, como à própria Ordem, seja por meio da estrutura mantida no Centro de Maceió ou no prédio que fica localizado em Jacarecica.