Um homem, acusado de produzir, vender e compartilhar vídeos e fotos contendo cenas de abuso sexual de crianças e adolescentes, foi preso, na semana passada, em Maceió, durante a Operação Mercador da Inocência, deflagrada pela Polícia Federal.
As imagens eram disseminadas em grupos de aplicativos de mensagens que tinham participantes de residentes no Brasil e no exterior.
De acordo com informações da PF/AL, o crime foi identificado inicialmente pela Agência de Investigações de Segurança Interna dos Estados Unidos da América (Homeland Security Investigations – HSI), que observou anúncios de vendas de pacotes de vídeos contendo pornografia infantil em redes sociais naquele país nos meses de dezembro de 2022 e janeiro de 2023.
Após a identificação do delito, as informações foram compartilhadas pela representação da HSI junto à embaixada dos Estados Unidos em Brasília com a Coordenação de Combate ao Abuso Sexual Infantil da Polícia Federal (CCASI).
Depois de ser informada do caso, a CCASI elaborou um relatório e identificou que o suspeito estava morando em Alagoas. Nas investigações, a PF também descobriu que o acusado utilizava ainda outros perfis, nas redes sociais, envolvidos com a troca de vídeos de cenas de abuso sexual infantil.
O inquérito policial foi instaurado pela PF/AL, que solicitou à Justiça Federal a expedição dos mandados de busca e apreensão além da prisão preventiva do investigado.
Durante a operação, os policiais encontraram com o acusado um telefone com vários vídeos de abuso sexual de criança. Além disso, existiam no aparelho ofertas de venda de pacotes destes vídeos em aplicativo de mensagens.
Ele foi preso e levado à Superintendência Regional de Polícia Federal, no bairro do Jaraguá. O acusado responderá pelos crimes previstos nos artigos 241, 241-A e 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8069/90). Quando somadas, a pena total para esses crimes pode chegar a até 18 anos de prisão.
Ao todo, dez policiais federais participaram da ação policial. Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão e um de prisão. A PF/AL informa que continuará às investigações com o objetivo de identificar crianças ou adolescentes vítimas de abuso sexual.