O adolescente Christian Lima Corrêa, de 16 anos, único sobrevivente do acidente envolvendo uma carreta e um carro de passeio que matou sete pessoas da mesma família na BR-493, no trecho Itaboraí -Magé, na altura do Vale das Pedrinhas, no dia 18 de março, recebeu alta do Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN), em Saracuruna, em Duque de Caxias, no final da manhã deste sábado (1º).
Após 15 dias hospitalizado, ele deixou a unidade de saúde sorrindo.
Em nota, a direção do hospital informou que “após 15 dias internado em regime intensivo, por politrauma grave decorrente de acidente automobilístico (carro x caminhão) está recebendo alta hospitalar da unidade neste sábado, com uma ótima evolução clínica neste período”, diz o comunicado.
Ainda de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Caxias, “Christian se mostra bastante animado em poder ir para casa, está andando com certa limitação, e a indicação é que o mesmo retorne durante a semana ao HMAPN, para reavaliações ambulatoriais e retirada do dreno abdominal”.
Por fim, a direção da unidade de saúde disse que Christian e seus familiares estão recebendo todos os cuidados assistenciais e orientações das equipes do Adão Pereira Nunes.
Ele havia deixado o Centro de Terapia Intensiva (CTI) e sido transferido para a enfermaria na última terça-feira (28). Com a melhora no quadro de saúde do jovem, a avó dele, a dona de casa Valéria Corrêa, com acompanhamento da equipe, contou sobre a morte dos pais e dos cinco irmãos. Todos estavam no veículo no momento da colisão.
Christian foi levado para o Adão Pereira Nunes de helicóptero do Corpo de Bombeiros.
Morreram no acidente:
- Leticia Gabrielle Fernandes de Lima, 32 anos;
- Jhonatan Guimarães Corrêa, 35 anos;
- Guilherme Lima Corrêa, de 14 anos
- Gabrielle Lima Corrêa, 10 anos;
- Enzo Gabriell Lima Corrêa, 5 anos;
- Isaque Lima Corrêa, 8 anos;
- Larissa Lima Corrêa, 2 anos.
Guilherme Lima Correa, de 14 anos, teve os órgãos doados. A despedida, ainda no Hospital Alberto Torres, em São Gonçalo, reuniu os profissionais de saúde, e comoveu funcionários da unidade no dia 22 de março.
Médicos, enfermeiros e funcionários foram prestar homenagens a Guilherme, que teve morte cerebral constatada na terça-feira, 21 de março. Após a despedida da avó dona Valéria Correa, junto ao leito, os profissionais de saúde aplaudiram a doação.
A assessoria do Hospital Alberto Torres informou que os médicos acreditam que até 30 pessoas podem ter uma vida melhor graças aos órgãos do menino.