Autor de ataque a creche em Blumenau agiu sozinho, afirma Polícia Civil

Creche onde ocorreu ataque em creche de Blumenau — Foto: Luíza Morfim/Divulgação

O homem que matou quatro crianças com uma machadinha em uma creche de Blumenau, no Vale do Itajaí, na quarta-feira (5) agiu sozinho, segundo a Polícia Civil. A afirmação foi feita após a conclusão da perícia do celular do assassino, informou o delegado-geral catarinense, Ulisses Gabriel.

Após o ataque, o criminoso se entregou no batalhão da Polícia Militar. Ele passou por audiência de custódia do dia seguinte e está preso preventivamente. Ele é investigado por quatro homicídios qualificados e quatro tentativas de homicídio qualificadas.

Para ajudar nesse trabalho, foi usado um programa israelense, que permite recuperar informações mesmo que elas tenham sido apagadas do aparelho.

O delegado Ronnie Esteves disse que o assassino fala em depoimento que foi influenciado.

“Ele cita uma pessoa e essa pessoa já foi identificada, será ouvida, mas não apresenta nada. Só cita que vinha sendo perseguido, ameaçado por essa pessoa a praticar um massacre em escola”.

A Polícia Civil descartou já no primeiro dia que o ataque tenha sido estimulado por um jogo online, informação que circulava nas redes sociais no dia em que aconteceu o atentado.

Boa parte da apuração sobre o ataque tem sido feita na Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Blumenau.

Ataque

O ataque ocorreu na creche Cantinho Bom Pastor, que fica na rua dos Caçadores, no bairro Velha. A unidade de ensino particular atende mais de 200 crianças. As vítimas tinham entre 4 e 7 anos de idade.

Segundo a polícia, o assassino pulou o muro da creche e iniciou o ataque com uma machadinha. As vítimas foram atingidas na região da cabeça.

Após a ação, ele se entregou no Batalhão da PM. O suspeito tem passagens na polícia por porte de drogas, lesão e dano, segundo a Polícia Civil.

Na quinta-feira (6), o assassino teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. A decisão que o mantém na cadeia por tempo indeterminado ocorreu em audiência de custódia.

Quem são as vítimas

Bernardo Cunha Machado: 5 anos

Bernardo Pabst da Cunha: 4 anos

Larissa Maia Toldo: 7 anos

Enzo Marchesin Barbosa: 4 anos

Fonte: g1

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