Ler, fazer cálculos, decorar os nomes dos planetas e até cores em inglês. Essas são algumas das habilidades desenvolvidas espontaneamente pelo pequeno Samuel Brito, de 2 anos, segundo a família, que mora em Votorantim (SP).
Ao g1, a mãe Camila Brito contou que começou a perceber que o filho apresentava habilidades fora do comum ao vê-lo encaixando corretamente as peças de um brinquedo com formas geométricas.
Na sequência, ela e o marido, Felipe Brito, descobriram que o menino conhecia as cores e se surpreenderam, mais uma vez, ao entregar-lhe um abecedário e ver que ele também identificava as vogais.
“Com um ano e um mês ele já encaixava argolas da maior para a menor sozinho. Quando ele errava, no mesmo instante já corrigia, sem ninguém falar nada. Eu dizia para ele: ‘Samuel, encaixa a argola azul’, e ele encaixava. Eu olhava para o Felipe e dizia: ‘Meu Deus, deve ser coisa da nossa cabeça’” relata a mãe.
Segundo Camila, ainda com apenas um ano, Samuel já demonstrava aptidão para formar sílabas. Atualmente, ele também compreende os números e conhece os nomes dos planetas.
“Foi uma surpresa atrás da outra. Ele aprendeu o nome dos planetas, a contar até 30 e fazer contagem regressiva a partir do 20, sozinho. Hoje ele sabe contar até 100”, afirma Camila.
Ainda de acordo com a família, o menino demonstra interesse pelo idioma inglês e por cálculos matemáticos, que aprendeu a fazer assistindo desenhos educativos.
“Com os cálculos, ele vinha para mim e falava: ‘Mãe, 2 + 2 + 2 é 6. E 2 + 2 + 2 +2 é 8’. Foi então que eu comecei a fazer umas continhas com ele”, explica.
Segundo a psicopedagoga Elisete Beranger, é importante o acompanhamento clínico quando uma criança apresenta sinais de desenvolvimento acelerado, como no caso de Samuel.
“O ideal é que criança seja assistida por um psicólogo para que, no primeiro momento, através de uma anamnese, possam ser identificada as hipóteses do porquê a criança possui tanta facilidade em aprender. A partir disso, o pequeno pode ser submetido a um teste de QI, para identificar áreas de desenvolvimento que podem ou não estar acima da sua faixa de idade. Só depois, será possível diagnosticar se a criança tem QI acima da média, elevado ou até mesmo tendência para o transtorno do espectro autista (TEA).”
Os pais de Samuel disseram que recentemente adquiriram um convênio médico e, a partir disso, pretendem levar o filho para passar por consultas psicológicas e fazer um teste de QI.
Para eles, é impossível controlar o sentimento de orgulho ao ver o filho apresentar tanto conhecimento com apenas 2 anos.
“Eu me sinto uma pessoa privilegiada do Senhor ter me dado o Samuel com esse dom, porque isso com certeza é um dom de Deus. Eu fico muito orgulhosa”, afirma a mãe.
“Me sinto orgulhoso e privilegiado por ter uma criança como o Samuel”, finaliza o pai.