Médico é morto a facadas dentro de casa no centro de Belo Horizonte

Vinícius Soares Garcia tinha 31 anos e era doutorando na UFMG. O corpo dele foi sepultado em Divinópolis (MG). O suspeito foi internado sob escolta policial e disse que matou o médico, quem ele conhecia havia 15 dias, após os dois entrarem em luta corporal.

Mensagem de pesar pela morte do médico Vinícius Soares Garcia — Foto: Redes sociais

O médico Vinícius Soares Garcia, de 31 anos, foi morto a facadas no apartamento onde morava no centro de Belo Horizonte neste sábado (22).

O suspeito é um homem de 30 anos que informou estar junto com a vítima e mais duas pessoas no imóvel, segundo o boletim de ocorrência. Ele foi internado com ferimentos em um hospital da capital mineira e ficou sob escolta policial. Neste domingo (23), após receber alta, foi encaminhado para o Centro de Remanejamento (Ceresp) Gameleira, de acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). A polícia não informou o nome dele.

O médico era doutorando na Universidade Federal da Minas Gerais (UFMG). O corpo dele foi sepultado neste domingo (23) em Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas Gerais.

O boletim de ocorrência não informa quem eram as outras duas pessoas que estiveram no apartamento. O suspeito de ter matado o médico conversou com a polícia depois de ter sido levado por familiares a um hospital e relatou ter entrado em luta corporal antes de esfaquear o médico. Ele contou que os dois se conheciam havia cerca de 15 dias.

De acordo com o BO, a Polícia Militar (PM) recebeu uma denúncia de que um homem sido esfaqueado e que o suspeito estava internado em um hospital da capital mineira.

Os militares foram ao local da ocorrência, na Avenida Augusto de Lima, onde a vítima estava já sem vida. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) constatou a morte. A perícia constatou que o médico sofreu 10 perfurações no peito, uma no rosto, três na mão esquerda, uma na mão direita, seis na cabeça e no pescoço e oito nas costas.

Os militares se deslocaram para o Hospital Espírita André Luiz, onde o suspeito estava internado. Ele apresentava cortes na cabeça e na região torácica, lesão no pescoço e hematomas no corpo.

Segundo o boletim de ocorrência, o homem disse aos policiais que tinha conhecido Vinícius havia cerca de 15 dias. Ele falou que passou a noite de quinta-feira (20) e a sexta-feira (21) na companhia do médico e mais duas pessoas.

Ainda segundo a versão do suspeito, Vinicius não o deixava sair do apartamento e estaria ameaçando-o com uma faca. Ele disse que entrou em luta corporal com o médico, tomou a faca e desferiu golpes contra ele. Ao perceber que a vítima tinha caído, tentou se matar.

De acordo com o boletim de ocorrência, após o crime, o suspeito foi ao consultório de um psiquiatra, que relatou um quadro de surto psicótico com ideação delirante. Até o fechamento da ocorrência, ele permanecia internado sob escolta policial.

O que diz a Polícia Civil
Leia a íntegra da nota:

“Sobre o homicídio registrado ontem (23/4), na Avenida Augusto de Lima, no Centro da capital, a Polícia Civil de Minas Gerais informa que requisitou a presença da perícia e de investigadores no local do crime para identificar e coletar vestígios. O corpo da vítima, um homem de 31 anos, foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal Dr. André Roquette para ser submetido a exames e, em seguida, foi liberado aos familiares. O suspeito, um homem de 30 anos, foi internado em um hospital por familiares. Ele apresentava ferimentos e cortes provenientes aparentemente provocados por uma faca. Sob escolta policial, no hospital, o suspeito declarou que foi abusado sexualmente e drogado pela vítima com a qual mantinha um relacionamento há poucos dias. Ainda segundo o suspeito, após ser ameaçado com uma faca, ele entrou em luta corporal, tomando a faca e desferindo vários golpes contra a vítima, que morreu no local. Diante dos fatos, foi dada voz de prisão em flagrante delito ao suspeito pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil. Após alta médica, ele será encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça. A motivação e circunstâncias do crime serão investigadas pelo Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).”

Fonte: g1

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