Marcelo Odebrecht terminou de cumprir pena por corrupção, associação criminosa e lavagem de dinheiro imposta na Operação Lava Jato. Ele passou dois anos trabalhando no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP).
Marcelo foi delator do conluio de empreiteiras que pagou propinas a centenas de políticos em troca de contratos com a Petrobras. Ele era presidente da construtora que leva o sobrenome da família quando a Lava Jato tomou proeminência, em 2014, e prendeu os principais executivos do grupo.
Depois de período na prisão, o empresário passou a prestar serviços comunitários como parte do acordo de colaboração assinado com o Ministério Público Federal (MPF). No Hospital das Clínicas, trabalhou no setor administrativo, entre 2021 e 2023, e terminou de cumprir a pena.
O hospital da USP tem um convênio com a Central de Penas e Medidas Alternativas da Justiça Federal de São Paulo (Cepema). A parceria foi fechada em 2018 e, desde então, a instituição recebeu 50 pessoas autorizadas a prestar serviços comunitários ou a entidades públicas. O herdeiro do grupo Odebrecht é um deles.
O acordo de colaboração de Marcelo Odebrecht foi revisto em 2021 pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Edson Fachin reduziu a pena de dez anos para sete anos e meio.
O benefício foi concedido a ele porque o acordo previa uma “cláusula de desempenho”, ou seja, se as informações compartilhadas fossem úteis, a pena seria reduzida.