Idosa teve perna amputada após troca de prontuários, diz família

OAB/AL

A família da idosa de 73 anos, que teve a perna amputada no Hospital Geral do Estado (HGE) no mês passado, concedeu uma entrevista coletiva nesta terça-feira, 02, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL) e afirmou que o erro médico se deu por conta da troca de prontuários médicos.

“Havia duas pacientes com o nome Maria José internadas no HGE. No momento do procedimento cirúrgico, a equipe médica não observou o sobrenome das pacientes e acabou amputando a perna da minha mãe, quando na verdade deveria fazer um procedimento no tornozelo dela”, explicou Elinaldo de Araújo, filho da idosa.

Após a denúncia de erro médico, o delegado Robervaldo Davino, responsável pelas investigações, instaurou inquérito e já colheu os depoimentos de familiares da vítima e do diretor do HGE, Rodrigo Melo. Esta semana, a Polícia Civil deverá ouvir a equipe médica envolvida no caso, que poderá responder por lesão corporal grave. Os profissionais foram afastados das funções assim que a direção da unidade hospitalar tomou conhecimento do fato.

Durante a coletiva, o presidente da Comissão Especial do Idoso da OAB/AL, Gilberto Irineu, informou que, após tomar conhecimento do fato, entrou em contato com o Ministério Público Estadual e adotou uma série de medidas para garantir que o caso fosse investigado. De acordo com ele, faz-se necessário que as unidades de saúde adotem protocolos rigorosos para evitar que situações semelhantes à registrada no HGE não aconteçam mais em Alagoas.

Estiveram presentes na entrevista coletiva, além de Elinaldo de Araújo, filho da vítima; Wanessa Wanderley, advogada da idosa; Gilberto Irineu, presidente da Comissão Especial do Idoso da OAB/AL; Priscilla Lessa, presidente da Comissão de Direito Médico e da Saúde da OAB/AL; Tutmés Toledo, vice-presidente da Comissão Especial do Idoso da OAB/AL; e o delegado Robervaldo Davino, que investiga o caso pela Polícia Civil.

No dia 21 de abril, a idosa teve uma das pernas amputadas durante uma cirurgia realizada no HGE. Na ocasião, o diretor médico do HGE, Rodrigo Melo, explicou que a paciente deu entrada na unidade hospitalar com uma fratura do tornozelo e aguardava por uma cirurgia de correção. No entanto, descobriu-se apenas ao final da cirurgia que a idosa foi submetida a um procedimento médico errôneo. Após ser constatado o erro médico, toda equipe responsável pelo procedimento cirúrgico, entre enfermeiros, anestesista e médicos, foi afastada das funções.

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