Após repercussão de vídeo, padre que expulsou e chamou de “padrinho de cachaça” o tio da criança – por não lembrar o nome da bebê na hora do batismo – diz que extrapolou os limites do bom senso e pediu perdão aos envolvidos. O flagrante foi registrado por uma pessoa que estava na cerimônia realizada em uma paróquia de Propriá.
Através de uma carta aberta à comunidade do Povoado Santa Cruz e à Diocese de Propriá, o religioso Rones Soares Buzaim se desculpou pelo ocorrido. “Dirijo o meu pedido de perdão, especialmente, à família da criança que seria batizada e, pessoalmente, ao padrinho, principais afetados pelo meu ato. Reconheço que me exaltei e acabei extrapolando os limites do bom senso”, disse.
Também através de nota, o Bispo de Propriá, Dom Vítor Agnaldo informou que tomou conhecimento dos fatos, e que já está atuando no sentido de compreender todo o contexto do ocorrido, com a prudência e cautela que o caso exige, a fim de adotar as providências canônicas pertinentes.
Entenda o caso
Na última quarta-feira (3), o padre Rones Soares Buzaim gritou com o padrinho e o expulsou da igreja durante uma cerimônia de batismo, que aconteceu no Povoado Santa Cruz, em Propriá.
Segundo o padrinho da criança, Gleidson Alves dos Santos, no momento do batismo, ele esqueceu o nome da afilhada e isso irritou o padre.
Ao g1, a mãe da criança Evelyn Carolina dos Santos, de 19 anos, contou que não conseguiu batizar a filha Maria Gabrielly, de um ano e meio, em virtude do ocorrido.
“Ele gritou bem alto na frente de todo mundo: essa daí eu não batizo. Me senti humilhada, minha filha ficou assustada. Nunca vou esquecer isso. Ele acusou o padrinho que não bebe de ser cachaceiro”, disse.
Segundo ela, a família é humilde e gastou muito para organizar o batizado, que seria seguido por um jantar com parentes. No entanto, a comemoração foi suspensa depois que o batismo não aconteceu.