O acompanhamento nutricional é muito importante para autistas porque muitos indivíduos com transtorno do espectro autista (TEA) têm uma alimentação seletiva e podem apresentar dificuldades em conseguir uma dieta balanceada e nutricionalmente adequada. A alimentação seletiva é um comportamento comum em pessoas com transtorno do espectro autista (TEA). A seletividade alimentar pode incluir evitar alimentos com determinados sabores, texturas e temperaturas, bem como fixação em alimentos específicos.
De acordo com o diretor e neuropediatra do Cetea, Dr. Rodrigo Araújo, pessoas com TEA também podem ter comorbidades como obesidade, diabetes, doenças cardíacas e digestivas, entre outras, o que pode ser agravado por uma dieta inadequada. Um nutricionista pode ajudar a avaliar a dieta atual da pessoa e fazer recomendações para torná-la mais equilibrada e saudável. Eles também podem ajudar a identificar nutrientes específicos que podem estar faltando na dieta e desenvolver um plano alimentar que atenda às necessidades da pessoa.
“Essa seletividade pode ser devido ao transtorno sensorial que repercute na tato, olfato e paladar, o que é comum em indivíduos com TEA. Muitas vezes, as pessoas com TEA têm hipersensibilidades que as tornam sensíveis a cheiros fortes ou texturas incomuns. Além disso, as pessoas com TEA tendem a gostar de rotinas e previsibilidade, o que pode tornar difícil experimentar novos alimentos”, explicou Rodrigo Araújo, que ainda ressaltou a importância de um acompanhamento especializado.
“Para ajudar com a alimentação seletiva, pode ser útil apresentar gradualmente novos alimentos e texturas, além de fazer uma lista das preferências alimentares da pessoa para ter ideias de como diversificar sua dieta. Também é importante buscar orientação nutricional para garantir que a pessoa esteja recebendo os nutrientes necessários”, concluiu.
Sobre o Cetea:
O primeiro Centro Especializado em Transtorno da Espectro Autista (CETEA) será inaugurado em Maceió – Alagoas. Uma clínica com estrutura de primeiro mundo, com tratamento terapêutico apropriado, com horários especiais, onde o paciente terá acesso a psicólogo, fonoaudiólogo e terapia ocupacional, psicomotricista, além de ter acompanhamento destes profissionais tanto na escola como em sua casa, interagindo com os pais, para que eles possam acompanhar a evolução da criança e poder tirar dúvidas.