A Delegacia Regional de Penedo iniciou nesta terça-feira, 16, as tratativas necessárias para apurar o caso de uma criança de 2 meses de idade, encontrada morta dentro de sua casa, no povoado Santa Margarida, na zona rural do município, no último domingo (14).
A versão inicial, que ainda está sendo apurada, é a de que a mãe, supostamente embriagada, teria dormido por cima do filho, que acabou morrendo sufocado. A morte teria sido percebida no início da manhã, mas o caso só teria sido comunicado às autoridades no horário da tarde. Os pais disseram que achavam que o filho estava dormindo.
Em contato com o Alagoas24Horas, o delegado Rômulo Andrade explicou que o caso foi recebido pela equipe plantonista, na Delegacia de São Miguel dos Campos, que ouviu e liberou os envolvidos, e por esta razão ainda está se inteirando do caso registrado como morte a esclarecer.
Na manhã de hoje os pais do menor foram ouvidos pela autoridade policial, que relatou que pretende ainda ouvir outros envolvidos e talvez ouvi-los uma segunda vez.
O delegado enfatizou que alguns pontos precisarão ser esclarecidos, como por exemplo, a demora a solicitar ajudar médico para o menino e para comunicar o caso à polícia, além de investigar o grau de responsabilidade de órgãos públicos que deveriam proteger esta criança ou ainda a possibilidade da morte ter acontecido de forma natural.
Durante o registro da ocorrência, a Polícia Civil recebeu também muitos relatos de que os pais corriqueiramente deixavam essa criança e outros filhos sozinhos em casa e com fome, o que configura também o crime de abandono de incapaz.
O corpo do bebê foi recolhido pelo Instituto Médico Legal e encaminhado à sede do órgão em Arapiraca, onde passou por necropsia antes de ser liberado para sepultamento. O Instituto de Criminalística também esteve no local e deve, dentro de alguns dias, emitir um laudo sobre o caso, com informações precisas sobre como ocorreu o óbito da criança.
“Requisitei imediatamente ao IML que me fornecesse o laudo de exame cadavérico com a causa da morte. A gente precisa dessa informação para gente poder dar um norte na investigação”, concluiu o delegado.