O filho do ex-prefeito de Santa Teresa, na Região Serrana do Espírito Santo, demonstrou a saudade que sente do pai de um jeito um tanto quanto diferente. Após cinco vitórias consecutivas do Botafogo no Campeonato Brasileiro, o capixaba reuniu um grupo de amigos ao redor do túmulo do falecido político Gilson Amaro com cerveja e alguns petiscos na tarde do último sábado (13). O ex-prefeito era torcedor do time carioca.
No vídeo, que circula nas redes sociais, é possível ver um cooler e diversas garrafas de cervejas em cima do túmulo de Gilson Amaro, que morreu no dia 13 de abril de 2021, vítima de covid-19. É possível ver ainda os recipientes com alguns petiscos.
Os homens aparecem nas imagens com a camisa do Botafogo, time de coração pelo qual o político torcia quando era vivo. Num momento da gravação, que circula nas redes sociais, o filho de Gilson Amaro aponta para o imagem do pai no túmulo e diz:
“Isso aqui, oh, deve tá rindo… Deve tá rindo todinho! Eu conheço meu pai!”
Outro homem, que também está na reunião entre amigos, comenta:
“Oh lá, oh, olha a festa que foi feita para o Gilson Amaro aqui hoje, olha… Hoje só foi alegria!”
Em conversa com o g1, um dos filhos de Gilson, que não quis se identificar, disse que a reunião com petiscos e cerveja ao redor do túmulo do ex-prefeito aconteceu no cemitério da comunidade de São Francisco, localizada a 16 quilômetros do centro de São Roque do Canaã, cidade também da Região Serrana onde o político cresceu.
“Eu senti muita saudade do meu pai. Ele foi o cara que me trouxe felicidade. Ele era um político, mas era o nosso pai. Eu me lembro dele indo ao estádio, indo ver o Botafogo… Tenho certeza que se ele estivesse aqui, ele estaria feliz. Eu senti um vazio muito grande, muita saudade dele. Juntei uns amigos e quis estar perto”, disse.
O filho explicou que, apesar de visitar o cemitério com frequência, foi a primeira vez que levou bebida alcóolica para o túmulo de Gilson Amaro.
“Foi a primeira vez que eu levei bebida, e eu sei que vai ser a última porque alguém filmou e postou. As pessoas julgam errado. Eu tenho o costume de ir ao cemitério há mais de 35 anos. Limpo as ‘catacumbas’. Minha filha adolescente também vai. A gente fica conversando. Para a gente é comum…”, disse.
O homem explicou ainda que, apesar do clima de descontração das vitórias consecutivas do Botafogo, o time acabou perdendo no dia seguinte à homenagem feita no cemitério para o Goiás, por 2×1.
“Eu fui porque estava com saudade dele. Meu pai não era só meu pai. Ele era meu pai e mãe. Ele me ensinou tudo que sei na vida. O vazio dele é muito grande. É tão grande que eu não lembro com tristeza, que eu lembro com alegria”, disse.