O pastor evangélico da cidade de Rio Largo, na região metropolitana de Maceió, acusado de estuprar crianças na dentro da igreja, teve a prisão convertida em preventiva pela Justiça, após passar por audiência de custódia nesta quarta-feira, 17. A informação foi confirmada pelo chefe de operações da delegacia de Rio Largo, Lopes Júnior, em entrevista à TV Pajuçara.
O caso veio à tona após o irmão de uma menina de 10 anos denunciar os abusos sofridos pela criança em meados de abril deste ano, quando as investigações começaram. A autoridade policial contou que outras três vítimas, maiores de 18 anos, também se apresentaram. Elas relataram que a violência teria sido cometida quando eram menores de idade.
De acordo com os detalhes repassados por Lopes Júnior, o modus operandi era o mesmo:
“Ele chamava a menor para a sala dele e fazia um ensaio fotográfico delas, com a desculpa de enviar para um amigo que seria dono de uma agência de modelos. Ele trancava a sala, beijava na boca das meninas, tirava suas roupas, tocava em suas partes íntimas e registrava tudo em fotografia. As fotos que ele tirava eram o álibe dele. Ele nunca abordava essas meninas no momento do culto, geralmente era quando elas estavam sozinhas, ensaiando para alguma apresentação”, explicou.
O suspeito se apresentou na noite desta terça (16), na Central de Flagrantes, acompanhado do advogado, e negou as acusações. Ainda segundo o chefe de operações, o pastor não quis se manifestar e permaneceu em silêncio durante o depoimento.
A denúncia
O caso da menina de 10 anos, que iniciou a investigação, teria ocorrido em janeiro deste ano e teria passado a acontecer constantemente. Ao relatar o que ele fazia, a menor teria dito que o pastor dizia que ela era uma menina muito bonita, levantava sua blusa, passava a mão em seu corpo, em suas partes íntimas, a abraçava, se esfregava nela, beijava sua bochecha e boca e também praticava sexo oral.
Segundo ela, ele ainda justificava o ato criminoso por “sentir um carinho muito grande” por ela e chegava a dizer que a culpa era da vítima por ela ser “corpuda” e ele “não conseguir resistir”.
O agressor, teria dito para a vítima também que ela não podia contar nada o que estava acontecendo ou “ele poderia ser preso”.