Em audiência realizada neste sábado, 20, o Papa Francisco reconheceu as virtudes heroicas de oito Servos de Deus e o martírio de um padre italiano. O Santo Padre esteve reunido com o prefeito do Dicastério das Causas dos Santos, Cardeal Marcello Semeraro, e autorizou a promulgação de Decreto que contém esses reconhecimentos.
Entre os Servos de Deus que agora recebem o título de Veneráveis estão os brasileiros Guido Schäffer, seminarista e médico, e Madre Tereza Margarida do Coração de Maria, religiosa conhecida como “nossa mãe”.
A lista é completada por dois sacerdotes (Simon Mpeke, camaronês, e Pedro de la Virgen del Carmen, espanhol), uma outra religiosa (Edda Roda, italiana) e três leigos (o catequista italiano Arnaldo Canepa e duas jovens italianas, Maria Cristina Ogier e Lorena D’Alessandro).
Também foi reconhecido o martírio do sacerdote de Piacenza, Itália, padre Giuseppe Beotti, morto pelos nazistas em 1944. Sendo assim, a Igreja ganhará um novo beato: sua beatificação ainda será agendada e celebrada. Já o que separa os Servos de Deus que se tornam Veneráveis de uma futura beatificação é o reconhecimento de um milagre ocasionado por sua intercessão no céu.
Guido Schäffer
Guido Vidal França Schäffer nasceu em Volta Redonda (RJ) em 1974. Formou-se em Medicina e trabalhou cuidando de pacientes com Aids, prestando serviço médico e evangelizando pobres e marginalizados nas favelas do Rio de Janeiro. Contudo, sentiu um forte chamado ao sacerdócio, e ingressou no seminário no início dos anos 2000.
Enquanto se preparava para se tornar um sacerdote, prosseguia seu serviço de evangelização e assistência médica. Faleceu em 1º de maio de 2009, antes de ser ordenado. Guido estava surfando quando foi atingido por uma prancha e morreu afogado.
Madre Tereza Margarida do Coração de Maria
Madre Tereza Margarida do Coração de Maria nasceu em Borda da Mata (MG), em 1915. Foi uma monja da Ordem dos Carmelitas Descalços. No Carmelo próximo ao Santuário de Aparecida (SP), foi vice-mestra das noviças e subpriora.
Juntamente com sete irmãs, fundou um mosteiro em Três Pontas (MG). Lá se tornou um ponto de referência para as religiosas e para os fiéis que recorriam a ela, chamando-a de “nossa mãe”, para pedir conselhos, direção espiritual e ajuda. Faleceu em 2005 por ocasião de uma doença pulmonar, vivida em incansável oração.