O alagoano Luís Almeida e seu companheiro Jefferson Tenório foram espancados por segurança de um badalado bar de Lisboa, em Portugal. Uma das vítimas gravou um vídeo e compartilhou em suas redes sociais relatando o caso e pedindo ajuda ao governo brasileiro. A agressão ocorreu na madrugada do último dia 22 de maio.
As agressões, de acordo com Jefferson, em um vídeo que pode ser conferido ao final do texto, ocorreram uma noite que tudo parecia ser de muita alegria. As informações dão conta a violência ocorreu após o fechamento do bar. Luís ainda estaria no banheiro do estabelecimento e Jefferson já teria saído do saído. Mas, ao tentar entrar para ir ao banheiro teria sido impedido por um dos seguranças. Na ocasião, ele teria sido empurrado e a confusão teria se iniciado. Segundo Jefferson, pelo menos oito seguranças participaram da agressão.
O casal estava acompanhado de uma parente, prima de Luís que mora na Itália. Jefferson usou as redes sociais e publicou um vídeo mostrando momentos antes da violência. Nele, aparece seu namorado e ele relata que “até ai parecia uma noite normal para a gente. A gente não sabia que o pior estava por vim e que as coisas iriam piorar”, enfatizou.
No vídeo ainda compara o caso com outro de violência que teve vítimas fatais em Lisboa. “A diferença é que eu e meu namorado, graças a Deus, conseguimos sair com vida dessa noite traumatizante que nunca mais será apagado de nossas mentes. Sofremos nessa noite xenofobia, lesão corporal , tortura, homofobia e tentativa de homicídio por mais de 8 seguranças da balada”, denunciou.
Em um depoimento publicado pelo Diário do Centro do Mundo, o alagoano Luís contou que mesmo depois de serem agredidos eles foram tratados como bandidos.
“Nós éramos os agredidos, mas estávamos sendo tratados como bandidos. Em nenhum momento, os policiais foram atrás dos seguranças que nos bateram, só queriam saber se estávamos em situação regular em Portugal”, contou Luís ao DCM.
Os dois brasileiros foram conduzidos a um hospital. Jefferson teve o rosto desfigurado e teve que passar por uma cirurgia de mais de três horas. Ele ainda ficou internado durante dois dias.
As vítimas compareceram a uma Delegacia de Polícia, onde registraram a ocorrência. Informações do Correio Braziliense dão conta que o delegado se recusou a fazer o registro da alegação de descaso policial. Eles pediram ajuda ao Consulado do Brasil em Lisboa, que teria dado suporte jurídico e psicológico.
Confira o vídeo: