Os três homens presos em flagrante no domingo (28) por suspeita de tentar fraudar o concurso da Guarda Municipal da cidade de Pacajus, na Região Metropolitana de Fortaleza, utilizavam celulares escondidos nas roupas íntimas para receber o gabarito das provas, segundo informações da Polícia Civil do Ceará (PC-CE). Para disfarçar que estavam com os aparelhos, eles usavam roupas com muitos botões, para justificar caso o detector de metais identificasse os celulares.
Os detidos foram identificados como Erick de Paula Alves, de 24 anos; Irlandio José Bernardino Vidal, de 38 anos; e José Cláudio de Meneses Sousa, de 40 anos. Eles foram presos durante a realização das provas. Com o grupo, os agentes apreenderam os aparelhos celulares, papéis com anotações de gabaritos, canetas e borrachas mágicas, dinheiro e veículos.
Conforme a Polícia Civil, o suspeito Erick de Paula seria o chefe do esquema de fraude de provas. Antes do concurso, ele pedia um pagamento de R$ 1 mil para cada interessados em ter o gabarito. Dois destes compradores foram os outros detidos na operação da polícia, Irlandio Vidal e José Cláudio Sousa.
O concurso que o grupo tentou fraudar oferece 48 vagas imediatas, além de 100 para cadastro reserva, com salário de R$ 1.500 para a carga horária de 40 horas semanais. O certame teve concorrência de 238,46 candidatos por vaga.
A ação que levou à captura dos suspeitos faz parte da operação “Quebrando a Banca”, realizada por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e do Departamento de Polícia Judiciária Especializada (DPJE), com apoio da Guarda Municipal de Pacajus.
Segundo o diretor do DPJE, Leonardo Barreto, a polícia já tinha conhecimento prévio do esquema, e no domingo foi direto aos locais de prova dos suspeitos.
Após a prisão, os três foram encaminhados para a Draco, onde foram autuados em flagrante pelos crimes de fraude de certame público e associação criminosa.
Ainda conforme Barreto, há indícios de que o grupo criminoso que tentou fraudar o certame pode ser mais numeroso e pode ter atuado em outros concursos. Assim, as investigações continuam para identificar outros indivíduos que possam estar envolvidos no esquema.