O pai da menina de 3 anos, que foi resgatada em estado de desnutrição na sexta-feira (2), em Rio Claro (SP) foi posto em liberdade após passar por audiência de custódia, no sábado (3).
O pai havia sido preso por maus-tratos, após oficiais de Justiça, a Guarda Civil Municipal e conselheiros tutelares irem até a casa onde ele morava com a criança
Criança de 3 anos é resgatada desnutrida e recebe atendimento em UPA de Rio Claro
Ele alegou que ele e a criança não se alimentavam há pelo menos 40 dias e que desejava que eles morressem juntos. O nome do pai não foi divulgado, por isso o g1 não conseguiu localizar a defesa.
A criança foi levada para a UPA do Cervezão e depois transferida para a Santa Casa. A unidade informou, no sábado, à EPTV, afiliada da TV Globo, que a menina chegou com negligência alimentar e desidratada e estava sob cuidados de médico, psicólogo, fonoaudiólogo e nutricionista.
Segundo informações do hospital, o estado de saúde da menina havia melhorado após os primeiros cuidados. Neste domingo, a Santa Casa não emitiu boletim médico sobre o caso e disse que irá passar informações somente na segunda-feira (5).
Investigação
O caso será investigado pelo 3º Distrito Policial de Rio Claro, que está aguardando os laudos para dar continuidade ao inquérito.
O Ministério Público investigava o caso depois que avó materna não conseguia mais contato com o pai para visitar a menina, em um condomínio no Jardim Portugal. A Justiça expediu um mandado permitindo a visita.
Na quinta-feira, os oficiais de Justiça não conseguiram entrar na casa e voltaram na sexta, acompanhados de guardas municipais e um representante do Conselho Tutelar e encontraram a criança debilitada.
Ela estava de fralda em uma cama, com desidratação e sinais de desnutrição, com ossos aparentes. Ela estava pesando 8 quilos. O local também estava sujo e não havia alimentos.
O pai também estava no local, também em estado de desnutrição. Ele disse que decidiu ficar sem alimentação até que ambos morressem. A motivação da atitude ainda não foi esclarecida.
A mãe da criança já é falecida e a avó materna tenta na Justiça a guarda da menina.
O g1 tenta contato com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) desde sábado, mas não obteve retorno até a última atualização da reportagem.
