A cantora Preta Gil, de 48 anos, fez sua última radioterapia nesta terça-feira (6), antes da cirurgia de retirada do tumor no reto. Em seu Instagram, a filha de Gilberto Gil, de 80 anos, compartilhou um vídeo do momento em que recebeu uma surpresa especial dos amigos e equipe médica no hospital.
“Última radioterapia! Venci mais uma batalha! Quero agradecer por todo amor e energia positiva! Vocês me emocionam! A todos os profissionais da saúde no final do vídeo e os outros que não apareceram também, eu amo vocês! Obrigada por tanto amparo, acolhimento e carinho! Aos meus amigos, já não tenho mais palavras para agradecer por tanto. Nós juntos para sempre e sempre! Já deu certo, vamos pra próxima etapa!”, celebrou Preta.
Antes de passar pela última sessão de radioterapia, a artista participou do Mais Você, de Ana Maria Braga, de 74, para contar um pouco do que está vivendo. Ela relembrou como descobriu a doença – quando escorreu sangue pelas suas pernas e viu suas as fezes de formato diferente com sangue – e falou que precisará usar uma bolsa de colostomia.
“Tinha muita prisão de ventre, fezes achatadas, sangue nas fezes e entrei no hospital com um diagnóstico de cefaleia. Fui ao banheiro e senti uma coisa escorrer nas minhas pernas, quando olhei era sangue. Comecei a me sentir mal, tive um desmaio, me levaram às pressas para o hospital, médicos pediram tomografia, ressonância e na primeira tomografia já apareceu o tumor. Tem seis centímetros”, disse a cantora a Ana Maria Braga.
Preta Gil contou que precisou ser reanimada pelos médicos ao enfrentar uma infecção generalizada durante o tratamento contra o câncer. Ela passou por uma intercorrência grave e ficou entre a vida e a morte. “Eu passei por uma septicemia que eu fui entender a gravidade só depois, quando fui voltando. Os médicos disseram: a gente te reanimou, a gente te trouxe de volta. Eu falei: então Deus me deu uma segunda chance de viver”, afirmou.
Ela confessou que a situação a fez questionar a própria finitude. “A gente, no ocidente, não fala, né? É uma coisa da nossa cultura, a morte é um tabu e é um assunto que não se toca”.