Um bebê de quatro meses, de São Sebastião do Caí, na Região Metropolitana de Porto Alegre, é uma das 13 vítimas do ciclone extratropical que passou pelo Rio Grande do Sul e causou mortes, desaparecimentos e estragos no estado desde a madrugada de quinta-feira (16).
O recém-nascido, que não teve a identidade divulgada, morreu na manhã de sexta-feira (17). De acordo com Enio dos Santos, coordenador da Defesa Civil da cidade, o bebê se engasgou com leite após ser amamentado e foi atendido em um barco, já sem sinais vitais, por agentes da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros.
Em razão da elevação do nível das águas do Rio Caí, região está inundada desde a chegada do ciclone no estado, na quinta-feira (15).
“Quando a mãe acordou, percebeu que ele não estava mais com sinais vitais e ligou para o 190. Já havia ocorrido a enchente do rio na madrugada de quinta para sexta. A Brigada Militar deslocou uma viatura, mas não conseguiu chegar no local por causa da enchente. Então usaram um barco dos Bombeiros, que estavam fazendo uma manutenção com a Corsan (Companhia Riograndense de Saneamento), e foram até a casa”, explica o coordenador da Defesa Civil.
De acordo com o Corpo dos Bombeiros, os mergulhadores, que já trabalhavam na área, levaram menos de cinco minutos para chegar até a residência da família. Chegando ao local, realizaram os procedimentos de reanimação e seguiram os primeiros socorros dentro do barco no caminho de volta a viatura.
A criança foi levada, pela Brigada Militar, ao Hospital Sagrada Família, na cidade, mas não resistiu e morreu.
Rio Caí acima do nível de alerta
Todas as estações de monitoramento do Rio Caí estão em declínio, de acordo com a Defesa Civil. Apesar disso, os níveis se mantém elevados. Na estação da barca, em São Sebastião do Caí, onde o rio suporta até 10,61 metros o nível atual é 10,50.
As famílias desalojadas da cidade estão sendo abrigadas no Ginásio Rio Branco.
