Um homem de 48 anos afirma ser filho do apresentador Gugu Liberato e, com isso, uma investigação foi aberta para pedir o reconhecimento de paternidade “post mortem”.
A informação foi revelada pela jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, e confirmada pelo g1. Ele solicita que seus supostos parentes se submetam ao exame de DNA. Caso se neguem, o corpo do apresentador pode vir a ser exumado para que o teste seja feito.
Os três filhos do apresentador foram avisados da investigação por um oficial de Justiça assim que entraram na sala da audiência na 9ª Vara da Família marcada para esta quarta-feira (21). Gugu morreu em 2019.
O advogado Nelson Wilians, que defende Rose Miriam, mãe dos três filhos de Gugu, em ação sobre reconhecimento de paternidade, disse ao g1 que, se confirmada a paternidade, o testamento feito pelo apresentador em 2011 será invalidado.
“Ele precisa comprovar se realmente é filho do Gugu. Se isso acontecer, aquele testamento é anulado, provavelmente. Mas isso não impede o processo de reconhecimento de união estável da Rose”, disse.
“O testamento terá que ser adaptado à existência desse novo filho, [se confirmado]”, disse a advogada Silvia Felipe Marzagão, presidente da Comissão e Advocacia de Família e Sucessões da OAB SP.
Segundo a Folha, a mãe do homem que se diz filho de Gugu teria conhecido o apresentador no segundo semestre de 1973. Na época, ele tinha 15 anos e ainda não trabalhava em televisão. Eles teriam se conhecido em uma padaria que existia na rua Aimberê, nº 458, em Perdizes, na Zona Oeste da capital paulista.
Ainda de acordo com o jornal, a petição informa que a mãe trabalhava como babá e empregada doméstica “na residência de uma família nipônica” que morava ao lado da padaria.
A defesa das gêmeas informou, por meio de nota, que, a princípio, não há motivo para elas se recusarem a fazer o DNA.
“O advogado Nelson Wilians, que representa as gêmeas Marina e Sofia, ainda está se inteirando sobre a ação de investigação de paternidade. Mas a princípio não há motivo de suas clientes se recusarem a colaborar com um pedido de realização de exame de DNA, caso seja pertinente perante a lei”, diz a nota.