A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) abriu procedimento administrativo para apurar as denúncias de assédio de um estudante de medicina do Campus Arapiraca contra dois professores do curso. O caso está em andamento desde o início de junho, mas somente agora veio à tona.
Outros alunos e professores do Campus sairam em defesa dos docentes e tanto a turma, quanto o Centro Acadêmico e o Colegiado do Curso emitiram notas repudiando as acusações, que consideram caluniosas e difamatórias.
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Os alunos chegaram a fazer uma carta de repúdio em defesa dos professores, alegando que após ser reprovado pelo colegiado do curso, o estudante começou a tentar fazer acordos que possibilite que ele permaneça no curso.
“Os professores do curso, principalmente os ligados ao Internato, estão sendo expostos a recorrentes situações contrangedoras, para que possibilitem que o referido aluno possa seguir no internato e de outra forma acompanhe os módulos seguintes com a turma III do Curso de Medicina”, diz um trecho da carta.
A carta pede ainda que medidas punitivas sejam tomadas para coibir atitudes antiéticas e de perseguição contra professores. “Ações de difamação, calúnia, assédios e intimidações não são aceitáveis e reiteramos que procedimentos como este não são negociáveis, pois fere a ética médica e o princípio de respeito e humanização”, afirma o documento.
A Assessoria de Comunicação da Ufal infomou que o estudante que acusa os professores abriu um processo na Ouvidoria, que foi encaminhado para a instância de apuração da Universidade. A Corregedoria também investiga se houve algum ato cometido em desfavor da administração pública por parte dos servidores acusados.
Nas redes sociais circula a infomação de que o reitor da Universidade, Josealdo Tonholo, já tomou medidas para punir os docentes apontados, mas a Assessoria desmentiu essa infomação e disse que o reitor ainda não teve acesso ao processo, que ainda está em tramitação, e não irá nem mesmo se pronunciar até que a apuraçaõ seja concluída.
Por fim, a Assessoria destacou que apuração segue em sigilo e reforçou que a gestão da Ufal não vai se pronunciar enquanto não houver a finalização do processo administrativo aberto na Corregedoria, para que não haja nenhum tipo de injustiça cometida contra os docentes apontados.