O príncipe britânico Harry está buscando uma indenização de até US$ 400 mil (R$ 1,92 milhão) do Mirror Group Newspapers (MGN), segundo documentos judiciais divulgados nesta sexta-feira (30).
Harry e mais de cem outras pessoas estão processando a MGN, editora dos tablóides “Daily Mirror”, “Sunday Mirror” e “Sunday People”, acusando-os de atividades ilegais generalizadas entre 1991 e 2011.
Eles dizem que os jornalistas do grupo de mídia ou investigadores particulares contratados por eles realizaram grampo telefônico em “escala industrial”, obtiveram detalhes privados por engano e realizaram outros atos ilícitos para descobrir informações sobre eles.
Harry afirma que foi alvo do MGN por 15 anos e que mais de 140 matérias que apareceram em seus jornais foram resultados da coleta ilegal, embora o julgamento esteja considerando apenas 33 delas.
O tribunal também pode considerar se Harry tem direito ao que é conhecido como danos agravados, que podem ser concedidos para compensar o requerente por sofrimento adicional causado pelas ações do réu.
O MGN argumenta que nenhuma das 33 matérias foi resultado da coleta ilegal de informações. A empresa diz que não há evidências de que o telefone de Harry foi grampeado e que algumas das informações pessoais sobre Harry vieram de, ou com o consentimento de, assessores de alto escalão do Palácio de Buckingham.
A editora argumenta que Harry não deve receber mais do que US$ 47 mil (R$ 226,6 mil), mesmo que ganhe em todas as 33 matérias, conforme os documentos divulgados.