Quase seis meses após os atos golpistas de janeiro, o Supremo Tribunal Federal (STF) deu início nesta terça-feira (4) a uma reforma no plenário da Corte. A obra vai trocar todo o carpete que reveste o piso e as paredes e deve durar durante todo o recesso do Judiciário, que teve início em julho. O custo é de R$ 308 mil.
Serão 850 m² de carpete na cor ouro, que é tombada pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
Logo após a invasão e depredação do prédio, o Supremo priorizou a reconstrução do plenário. Na época, só foi possível revitalizar o carpete.
O plenário foi um dos locais mais destruídos na invasão, quando houve inclusive a tentativa de colocar fogo na área. O Supremo priorizou a reforma da sede, onde fica o plenário, para garantir a continuidade dos julgamentos.
O Supremo avalia que o prejuízo financeiro dos ataques é de ao menos R$ 11,4 milhões. Ao todo, a Advocacia-Geral da União pediu que a Justiça bloqueie R$ 26,2 milhões para garantir o ressarcimento, sendo R$ 7,9 milhões da Presidência, R$3,5 milhões do Senado e R$ 3,3 milhões da Câmara.
Segundo a AGU, foi ”identificado um vultuoso prejuízo material a esses prédios públicos federais, consubstanciando na quebra de objetos e itens mobiliários, a exemplo de computadores, mesas, cadeiras, vidros das fachadas e até a danificação de obras de artes e objetos de valores inestimáveis à cultura e à história brasileira, à exemplo da obra ‘As Mulatas’, de Di Cavalcanti”.