Em um vídeo publicado nas redes sociais na noite deste domingo (9), Michaella Zukowski Reis, advogada de 25 anos, que teve afundamento no crânio após ser atingida por paralelepípedo enquanto passava de carro pela rodovia ES-060, em Vila Velha, na Grande Vitória, disse que seguia assustada com o ocorrido e também agradeceu as mensagens de apoio recebidas após a repercussão do caso.
O acidente foi na madrugada do último sábado (8), na rodovia conhecida como Rodovia do Sol, na altura do bairro Ponta da Fruta. No momento do incidente, Michaella, que mora em Guarapari, estava no carro com o pai e o irmão e seguia para o aeroporto de Vitória onde embarcaria para Minas Gerais, onde acontecia o velório do avô.
“Não tinha visto foto da fratura. Estou muito assustada. Graças a Deus não estou sentindo dor. Tenho certeza que vou me recuperar logo e agradeço todas as mensagens. Obrigada por tudo pessoal”, disse a advogada no vídeo.
Até a publicação desta reportagem, a jovem seguia hospitalizada e sem previsão de alta, e aguardava para passar por uma nova cirurgia de reconstrução óssea.
Em entrevista ao g1, ela disse que, apesar da gravidade do ferimento, agradecia por estar viva.
“Estou muito agradecida por estar viva. Nunca imaginei passar por isso.”
“A pedra ia pegar no meu pai. Ele estava dirigindo o carro. O cara entrou, jogou a pedra na gente, meu pai desviou. E nisso que ele desviou foi pro meu lado. Se tivesse batido no meu pai, ele teria capotado o carro. Meu Deus, eu nem penso no que poderia ter acontecido de pior. Então eu agradeço mesmo por ter acontecido comigo porque foi um livramento.
Michaella também contou como se sentiu após ser atingida pela pedra.
“Eu não desmaiei na hora. Eu senti tudo. Só que perdi todas as minhas sensações.”
“Perdi a minha visão, eu perdi a minha audição, eu senti que eu não conseguia respirar por alguns segundos, na hora que aconteceu o baque e depois eu fui voltando pra escutar, respirar, mas eu não desmaiei, graças a Deus”, disse a advogada.
Sobre o fato do ataque ter acontecido na Rodovia do Sol, uma das vias mais movimentadas da Grande Vitória, e que é administrada por uma concessionária, a Rodosol, ela disse que não imaginava o porquê do ocorrido com a família.
“A Rodovia do Sol geralmente era segura. Não sei se foi o horário, falta de luz, falta de policiamento no horário”, disse Michaella.
A Rodosol foi procurada, mas não havia respondido até a última atualização desta reportagem.
Advogada vai passar por cirurgia de reconstrução óssea
Michaella disse que ainda estava com o rosto bastante inchado e se preparava para uma nova cirurgia de reconstrução óssea.
“Ainda vou ter que fazer uma outra cirurgia essa semana. O médico deu uns pontos e eu vou ter que fazer a reconstrução das fraturas, um monte de caquinhos, que terão que ser reconstruídos”, disse a advogada.
Ela seguia internada em um hospital particular de Vitória.
De acordo com a Polícia Militar, o Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes) recebeu a informação de que uma mulher com ferimento profundo na cabeça havia dado entrada em um hospital particular no bairro Praia da Costa, em Vila Velha.
No hospital, o pai da advogada contou que estava com ela e seu filho e os três seguiam por volta de 5h para o Aeroporto de Vitória, onde embarcariam para Minas Gerais, onde acontecia o velório do avô, quando foram surpreendidos por um homem que atirou o paralelepípedo contra o carro e a filha, que estava no banco do carona, foi atingida.
“Um indivíduo saiu do canto da rua e lançou um paralelepípedo na direção do carro, vindo a acertar o carro das vítimas na região do para-brisa, quebrando-o”, informou a PM.
O suspeito fugiu e não foi mais visto pelos ocupantes do veículo. Ferida, a advogada foi socorrida pelo pai e o irmão e levada para o hospital particular da Praia da Costa, de onde foi transferida para um hospital particular de Vitória.
Família registrou boletim de ocorrência
A família registrou um boletim de ocorrência pela internet. Procurada pelo g1, a Polícia Civil informou que, a partir do registro online, o usuário do sistema recebe um e-mail com instruções para acompanhar a validação do boletim, bem como telefone e endereço da unidade policial responsável pelo registro.
Com a validação, o usuário obtém o número do Boletim de Ocorrência e a partir disso, o caso será apurado pela delegacia indicada ao comunicante. Informou ainda que investiga todos os casos formalizados nas delegacias, sejam elas físicas ou online.