Jovem encontrada boiando em rio morreu vítima de engasgo, esclarece IML

A jovem de 23 anos encontrada boiando no Rio São Francisco, no município de Penedo, após desaparecer ao sair de casa para ir à igreja, morreu vítima de engasgo. O exame de necropcia, realizado pelo Instituto Médico Legal (IML) de Arapiraca, apontou que Monique Rafaela Oliveira da Silva foi vítima de Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho (OVACE).

Inicialmente, o caso foi tratado como morte a esclarecer por possível afogamento, visto que o corpo da jovem foi encontrado no rio no dia 6 de julho.

De acordo com o perito médico legista Germano Jatobá, responsável pelo exame cadavérico no corpo de Monique Rafaela, esse tipo de asfixia provoca a perda de oxigenação dos tecidos evoluindo para uma parada cardiorrespiratória. Segundo ele, a partir de 15 minutos com o coração parado, a vítima já poderá ter graves sequelas, podendo evoluir para a morte, como foi o caso da jovem penedense.

“Ao examinar o corpo de Monique, detectamos a presença de restos alimentares nas vias aéreas superiores, laringe e traqueia, que obstruíram a passagem do oxigênio. Também identificamos que o estômago dela estava cheio de alimento, o que provocou a aspiração do alimento gerando o engasgo que levou a vítima a óbito”, afirmou o perito médico legista.

Germano Jatobá, disse que esse tipo de morte é comum acontecer principalmente em crianças, idosos ou pessoas com algum tipo de morbidade. Dados do Ministério da Saúde apontam que anualmente, cerca de três mil pessoas morrem em decorrência de engasgo no Brasil.

“Nos adultos, na maioria das vezes, acontece com pessoas idosas, visto que essa faixa etária da população perde a força muscular e reduz os reflexos. Também acontece com pessoas que fizeram ingestão de álcool. Em ambos os casos, quando elas estão com estômago cheio e por algum motivo ela vomita, corre o risco de aspirar o alimento podendo ocasionar tanto a morte por asfixia, ou outro problema de saúde”, explicou o Jatobá.

O perito médico legista agora prepara o laudo com todos os detalhes técnicos e a especificação dos achados cadavéricos durante a necropsia que levou a identificação da causa da morte de Monique Rafaela. Quando estiver pronto, o documento será encaminhado para a Delegacia da Polícia Civil em Penedo.

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