Acusados de matar motorista por app são condenados a mais de 20 anos de prisão

Reprodução/Instagram

Amanda Pereira dos Santos, de 27 anos

Os três acusados de matar a motorista por aplicativo Amanda Pereira dos Santos, de 27 anos, em agosto de 2022, durante uma corrida entre Rio Largo e Marechal Deodoro, foram condenados pelo crime de latrocínio a mais de 20 anos de prissão.

As penas de Jackson Vital dos Santos e Maristela Silva de Souza foram fixadas em 21 anos e 6 meses de reclusão, enquanto Yuri Livramento dos Santos foi condenado a apenas 21 anos.

Jackson Vital confessou à Polícia e à Justiça ter sido o responsável pela morte, causada por asfixia. A defesa de Yuri sustentou que o réu deveria ser condenado por tentativa de roubo majorado, mas sem responsabilização pela morte. A ré Maristela pediu a absolvição, alegando que estava junto aos acusados, mas não sabia da intenção criminosa nem participou dos atos.

A decisão é da juíza Fabíola Melo Feijão, da 1ª Vara de Marechal Deodoro, que afirmou que a participação dos três foi comprovada e que não há como excluir ou diminuir a responsabilidade dos acusados, já que “a repartição de tarefas não desnatura a coautoria”.

“A associação para a prática de um delito em que a violência é parte integrante e indispensável do tipo, torna todos os partícipes ou coautores responsáveis pelo resultado mais gravoso, não tendo qualquer relevância a circunstância de ter sido a atuação de um, durante a execução, menos intensa que a de outro”, afirmou a juíza na decisão.

Ainda segundo a sentença, “é irrelevante perquirir quem produziu força muscular que caracterizou a asfixia mecânica contra a vítima”.

Os três também tiveram a prisão preventida mantida.

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O crime – Amanda Pereira dos Santos, de 27 anos, teve o corpo localizado na madrugada do dia 16 de agosto, no Complexo Benedito Bentes, parte alta da cidade. O crime mobilizou outros motoristas, que participaram das buscas e depois se concentraram em frente ao Instituto Médico Legal, onde fizeram orações e exigiram a apuração rigorosa do caso.

O desaparecimento de Amanda foi informado, inicialmente por familiares, por meio das redes sociais. Uma prima chegou a informar que ela aceitou uma corrida para Marechal Deodoro, e seu veículo – um Voyage prata de placa KNS7A89, foi encontrado próximo ao Conjunto Gama Lins, no Cidade Universitária, horas antes de o corpo da vítima ser localizado.

Segundo a denúncia do Ministério Público, na tarde do dia 15 de agosto de 2022, os acusados solicitaram o serviço de transporte por aplicativo Uber, fixando o trajeto de Rio Largo a Marechal Deodoro, local em que moram parentes de Maristela Santos.

Ao chegar na localidade conhecida como “Baixa da Sapa”, Yuri, utilizando uma réplica de arma, anunciou o assalto. A vítima chegou a entrar em luta corporal com Maristela, conforme contou Jackson à polícia. Jackson matou Amanda por enforcamento, como sugere o laudo pericial, e segundo o próprio confessou.

Os envolvidos subtraíram o veículo, o aparelho celular e dinheiro da vítima.

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