Caso Rafaela Drumond: Investigador envolvido no caso tira licença da Polícia Civil

A instituição 'concedeu licença para tratamento de saúde' para Celso Trindade de Andrade. Ele era investigador na delegacia em que Rafaela Drumond atuava como escrivã, em Carandaí, e é apontado pela família dela como um dos responsáveis pelo assédio que ela sofria.

Rafaela Drumond, escrivã da Polícia Civil que morreu em Barbacena — Foto: Reprodução/Redes Sociais

O investigador Celso Trindade de Andrade tirou licença da Polícia Civil de Minas Gerais para tratamento de saúde. Ele era colega de trabalho da escrivã Rafaela Drumond, encontrada morta em junho, e é apontado pela família dela como um dos responsáveis pelo assédio que ela sofria no ambiente de trabalho.

De acordo com publicação no Diário Oficial desta terça-feira (18), a licença foi concedida a partir de 4 de julho, com validade de 60 dias. Isso significa que Celso Trindade de Andrade fica fora da instituição até 2 de setembro.

  • Rafaela Drumond foi encontrada morta em Antônio Carlos, no Campo das Vertentes, em 9 de junho. Ela denunciou episódios de assédio moral e sexual no ambiente de trabalho em áudios e vídeos. Eles foram enviados a amigos e relatados a superiores. Os materiais estão sob posse da Polícia Civil, que investiga se houve indução ao suicídio.

Em nota, a Polícia Civil de Minas Gerais informou que “devido ao Código de Ética Médica, não informa os motivos da concessão de licença para tratamento de saúde dos servidores”.

No último dia 12, o investigador e o delegado Itamar Cláudio Netto, ambos colegas de Rafaela, haviam sido transferidos de unidade pela segunda vez.

Antes, em junho, os dois foram alocados de Carandaí, onde trabalhavam com a escrivã, para Conselheiro Lafaiete. Depois, Celso foi destinado para Congonhas e Itamar para Belo Vale, ambas as cidades na Região Central de Minas.

Família pede explicações

Os familiares da escrivã dizem que vão pedir explicações à Corregedoria da Polícia Civil, responsável pelas investigações do caso, e ao Ministério Público de Minas Gerais, que acompanha as apurações.

“Eu quero que a Polícia dê explicações. Qual é a doença que ele está? A gente quer saber qual é o CID [código da classificação internacional de doenças]”, diz a advogada Raquel Fernandes.
Em 29 de junho, Itamar e Celso prestaram depoimento sobre o caso. Em audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, no último dia 7, a família de Rafaela Drumond pediu o afastamento da dupla.

A família de Rafaela, após ter conhecimento dos áudios e vídeos deixados por ela, atribui os assédios ao delegado Itamar Cláudio Netto e ao investigador Celso Trindade de Andrade.

Nos materiais deixados, entretanto, a escrivã não citou o nome deles. A Polícia Civil não informou oficialmente quem são os investigados no caso.

Fonte: g1

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