Uma criança de nove anos denunciou ter sido estuprada pelo primo quando tinha cinco após assistir um programa de TV sobre abusos sexuais. O suspeito, hoje com 23 anos, confessou o crime, foi indiciado e está respondendo em liberdade.
O caso aconteceu em Sabará, na Grande BH. De acordo com a Polícia Civil, a criança estava assistindo ao programa com a avó e perguntou se “estupro era o ato de enforcar alguém”.
A avó respondeu explicando ao neto que não deveria deixar ninguém encostar nele. Nesse momento, o menino começou a chorar e perguntou se poderia contar algo que aconteceu com ele.
“A criança contou que no dia do seu aniversário um primo o havia levado para o quarto e descreveu a violência sexual. A avó contou pros pais”, disse o delegado titular Davi Moraes Pinto.
Os pais concluíram que o episódio aconteceu no aniversário de cinco anos da criança. O suspeito do crime tinha 18 anos na época.
Primo aproveitou ausência da família
Ainda de acordo com a polícia, a criança disse aos pais e à avó que, na ocasião, o primo estava jogando videogame com ela e aproveitou o momento em que todos os familiares saíram para buscar comida para a festa.
A criança ainda detalhou que, na ocasião, o primo disse que, se ele contasse para alguém, os episódios de estupro voltariam a acontecer. O pequeno ainda disse que não contou por ter ficado com “medo do pai ficar muito nervoso com a situação, fazer algo errado e acabar sendo preso”.
Ao perceber a movimentação da família após a criança ter relatado o caso aos pais e avó, o suspeito do crime fugiu para outra cidade da Grande BH e se escondeu. Por isso, os pais procuraram a delegacia, que iniciou as investigações.
Dias depois, o suspeito procurou a delegacia acompanhado de três advogados.
Sem elementos para a prisão
Na delegacia, na última sexta-feira (14), o jovem de 23 anos confessou o crime e detalhou o episódio.
“Ele contou com muita frieza sobre o caso. Não sei se de forma instruída mas disse que foi único, se arrependeu e procurou tratamento psicológico a partir disso”, completou o delegado.
Como o crime aconteceu há cerca de quatro anos e o jovem colaborou com as investigações, não havia elementos para prisão em flagrante ou preventiva, segundo a polícia.
Ele foi indicado por estupro de vulnerável.